domingo, 18 de dezembro de 2011

Em Nossas Mãos



A Divina Providência não se engana.
Para realizares teu aperfeiçoamento, trazes as faculdades que o Senhor te concedeu.
Estás no lugar certo, em que te habitas a desempenhar os encargos próprios.
Terás contigo as criaturas mais adequadas a te impulsionarem nos caminhos á frente.
Passas pelas experiências de que não prescindes para a conquista do aperfeiçoamento.
Recebes os parentes e afeições de que mais necessitas para resgatar dívidas do passado ou renovar-te nos impulsos de elevação.
Vives na condição certa na qual te compete efetuar as melhores aquisições de espírito.
Sofres lutas compatíveis com as tuas necessidades de conhecimento superior.
As circunstâncias difíceis dão-te a conhecer o sabor da vitória sobre ti mesmo.
Qualquer que seja tua posição,  auxilia e receberás maior auxílio, em tempo oportuno.
Sempre há meios de exercer o bem, porque nos melhorarmos e educar-nos são sempre medidas preciosas que dependem de nós mesmos.

Emmanuel – Chico Xavier

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mais Paciência



Tantas inquietações assoberbam as criaturas que somos impelidos a pensar por nós e pelos que nos cruzam os caminhos, a fim de nos prevenirmos contra acidentes.
Ouçamos com mais paciência,evitando o aparecimento de explosões de azedume.
Quanto mais longo o estopim da tolerância, maior a probabilidade de evitar-se o desastre.
Se teus filhos se deixam iludir por idéias negativas, conserva mais paciência evitando,pelo amor, que caminhem sem defesa ao encontro de tragédias passionais evitáveis.
Se teus familiares não te compreendem, sustenta mais paciência, para que a desarmonia doméstica não se cristalize, criando sofrimentos inúteis dentro de casa.
Se amigos tomam rumos diversos dos teus, aceita-os com paciência e poderás auxiliá-los a superar as provas que, decerto, enfrentarão.
Em situação aparentamente insolúvel, usa mais paciência, que é construção da alma sobre os alicerces da fé em Deus, e vencerás.

Emmanuel-Chico Xavier

Imunização Espiritual




Se te decides, de fato, a resguardar o coração das influências do mal, convence-te:
Que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação;
Que toda pessoa se reveste de importância particular em nosso caminho;
Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de alguém;
Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema;
Que sem amor não há base firme nas construções espirituais;
Que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho;
Que desprezar a simpatia dos outros é pretender semear um campo sem lavrá-lo;
Que a mágoa é sempre foco de moléstias;
Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar;
E que, afinal, não basta pedir aos Céus, pela oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, pelo serviço ao próximo, para que a Terra se eleve aos Céus.

Emmanuel-Chico Xavier


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Nossas mães africanas



Eis aqui a escrava do Senhor, cumpra-se em mim segundo a sua palavra.
Esta é a forma com a qual Maria, a mãe de Jesus, responde ao mensageiro celeste que lhe vem anunciar a concepção da criança.
Estranho se posicionar como escrava quem foi escolhida para ser a excelsa mãe de Jesus. Basta uma pequena reflexão, no entanto, para verificarmos como a expressão está adequada.
Recordamos de tantas escravas, ao longo da História, que se transformaram em auxiliares indispensáveis dos seus senhores.
Escravas cujos nomes acabaram associados aos seus próprios senhores.
No Brasil, lembramos das escravas africanas que serviram ao homem branco. Muitas delas não somente carregaram o sinhozinho nos braços mas o alimentaram com o próprio seio.
Tornaram-se suas segundas mães, acompanhando-os mesmo depois de crescidos, na formação do novo lar, a atender-lhes os filhos, como uma avó.
Avó de cor. Avó de amor.
Amas de leite que, por vezes, tinham seu próprio rebento afastado dos braços, a fim de que sobrasse mais alimento dos seus seios para o filho branco.
E, por não terem o seu bebê nos braços, por terem a saudade a lhes magoar a alma, por sentirem falta do seu filhinho, drasticamente afastado de seu carinho, dedicavam-se ao filho da alheia carne.
O filho do sinhô, o filho da sinhá.
Quem poderá esquecer como essas mães alimentaram, não somente o corpo, mas a imaginação e a mente das crianças sob sua guarda?
Quantas histórias das suas longínquas terras, das tradições de sua gente povoaram as noites daqueles meninos e meninas atentos, ao redor do fogo, no terreiro...
Ou no aconchego da casa grande, ao pé do fogão.
Quantos mingaus, cozidos, temperos foram acrescentados ao cardápio diário.
Aprendendo a língua de quem as tinha sob seus serviços, introduziram palavras diferentes no vocabulário dos pequenos.
E para os acalmar, nas noites de medo, elas cantavam as melodias com que foram elas próprias acalentadas em sua infância.
E, enquanto a saudade as consumia intimamente, também lembravam em versos das riquezas de sua terra natal, de melodias, de danças, de cantorias.
Recordavam dos dias de alegria, quando a liberdade lhes sorria e o futuro era sonhado, nas tardes quentes e nas noites mornas.
Escravas mães. Mães escravas.
Benditas sejam por todos os cuidados dispensados ao homem branco, por sua capacidade de amar o filho alheio.
Benditas sejam por sua grandeza, por sua dedicação, pela contribuição à cultura do povo que as escravizou.
Que nunca esqueçamos o quanto devemos a essas criaturas pois se a escravidão as mantinha presas a tarefas determinadas, foi de forma voluntária que entregaram em holocausto ao amor o próprio coração.

Redação do Momento Espírita.
Em 30.11.2011

Ajuda-me a olhar?




Diego não conhecia o mar.
O pai, Santiago Kovadloff, resolveu levá-lo para que conhecesse o mar gigantesco.
Viajaram para o sul. O oceano estava do outro lado dos bancos de areia, esperando.
Quando o menino e o pai alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar apareceu na frente de seus olhos.
Foi tanta a imensidão do mar, tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo com tamanha beleza.
E, quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
Pai, me ajuda a olhar?”
*   *   *
Nós, pais, estamos no mundo para ajudar nossos filhos a olhar.
Por trás desse me ajuda a olhar, de menino inocente e admirado, estão as grandes questões da educação no lar.
A pergunta do filho poderia ser entendida como: Pai, me ajuda a perceber todas as belezas, as nuances, tudo que ainda não consigo perceber?
ajuda-me a saber admirar as coisas importantes da vida, você que já viveu tanto e tem tanta bagagem de mundo, tanta experiência?
Ajuda-me a compreender a existência, seus desafios, seus objetivos maiores?
Ajuda-me a não temer os problemas, a aprender com eles, toda vez que resolverem aparecer?
Ajuda-me a caminhar? Sem precisar caminhar por mim, pois tenho que descobrir meus próprios passos, mas, nos primeiros, principalmente, você fica ao meu lado?
E quando eu cair, você vai estar lá? Pois muitas coisas neste mundo me assustam, e preciso de uma segurança, de um lar para onde eu possa voltar.
Ajuda-me a olhar para dentro de mim, pai?
Preciso me conhecer para me amar, para me perdoar e não deixar que a culpa me faça menor.
Ajuda-me a olhar para dentro de mim?
A descobrir minhas potencialidades, minhas habilidades, o que tenho de bom?
Pois se você, pai, disser: “Você pode, meu filho. Você tem capacidade você é inteligente...” Aí sim, vou acreditar.
E, se nessa busca eu encontrar algo que não goste, não suporte, você me ajuda a eu não desistir de mim mesmo?
Por isso preciso de você aqui, ao meu lado, me ensinando a olhar o mundo e a mim com olhos de quem quer a paz e não mais a discórdia, a violência.
Por isso preciso que me ensine a olhar, que me ensine a escolher para que, um dia, quando meus olhos estiverem vendo o oceano, da altura dos seus... eu então possa dizer ao meu filho:
Vou lhe ensinar a olhar, meu filho, não se preocupe. Segure firme em minhas mãos e vamos olhar o mundo juntos... Sempre juntos.
*   *   *
Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita, em O livro dos Espíritos assevera:
Os Espíritos apenas entram na vida corporal para se aperfeiçoar e melhorar.
A fraqueza da idade infantil os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir.
É então que podem reformar seu caráter e reprimir suas más tendências. Este é o dever que Deus confiou a seus pais, missão sagrada pela qual terão de responder.

Redação do Momento Espírita com base em trecho de O livro dos abraços, de Eduardo Galeano, ed. Porto e no item 385 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 01.12.2011.

sábado, 26 de novembro de 2011

"JAMAIS PERCA A ESPERANÇA!"


 

Seja um apaixonado pela vida

Tenha "sede" de viver.

Permita, sempre, que o brilho dos seus olhos retrate o imenso prazer que possui em acordar todos os dias.

Diz o provérbio "A esperança é a última que morre".
Mas não é verdade, porque a esperança é como o espírito: imortal.

Sempre haverá esperança no coração de quem crê.

Nunca deixe de sonhar, porque o sonho é o alimento da alma.

Aqueles que perderam a esperança são como "cadáveres" que caminham; estão vivos para o corpo, porém "mortos" para a emoção.

Se você passa uma fase difícil na sua vida, lembre-se de que é apenas uma fase.

Hoje tem um problema - amanhã vem a solução.

Hoje só vê escuridão - amanhã encontrará a luz.

Hoje a incerteza - amanhã a convicção de dias melhores.

Deus não deixa sem resposta nenhum de seus pedidos.

Aqueles que perdem a esperança e se entregam ao suicídio, foi porque não tiveram paciência para esperar a resposta de Deus."

(Do livro "Jesus no Teu Dia-a-Dia", pelo Espírito José de Moraes, psicografia de Agnaldo Paviani, Editora Didier).
Colaboração, Luismar.
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O BEM EM AMOR


Seja como for, o tempo urge e passa. . .

A ansiedade, ontem agasalhada, converteu-se em acontecimento agora passado.

A infância risonha cede lugar à adolescência exuberante, que a idade da razão brindará à velhice e à morte do corpo, caso o seu inesperado lance não ocorra antes. . .

Desse modo, constitui atitude de sabedoria, em qualquer época e circunstância, atuar no bem.

Quem alcança o cume da montanha bendiz o terreno conquistado e repousa no altiplano rico de beleza, sem dúvida, após o esforço envidado.

Não permitas que as horas passem diante de ti,
sem que as enriqueças de amor e bênçãos.

Se não podes ser uma estrela, faze-te pirilampo.

Se não consegues mudar o mundo, transforma-te a ti mesmo.

Se não logras a libertação de todos, liberta-te dos vícios que te escravizam.

Se não podes ser o pão que repleta as mesas, constitui-te grão de trigo e confia no futuro.

Sê ponte entre vidas, pessoas e acontecimentos nobres.

Nunca te faças pedra de impedimento.

E se, por acaso, fores como esse mineral, deixa-te acomodar no alicerce do bem em favor do tempo para a felicidade geral.

O tempo, em verdade não passa. . .

As criaturas, sim, passam pelas horas, sendo o resultado do uso que façam dos sessenta minutos de cada uma delas. 

 (Pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco). 

Colaboração, Luismar.

TRABALHO SEMPRE


Trabalho será sempre o prodígio da vida, criando reconforto e progresso, alegria e renovação.

Se a dificuldade te visita, elege nele o apoio em que te escores e surpreenderás, para logo, a precisa libertação.

Quando a névoa da tristeza te envolva em melancolia, procura nele o clima a que te acolhas e observar-te-ás, sob novo clarão de encorajamento e esperança.

Ante a mágoa que te busque, à vista de ofensas com que absolutamente não contavas, utiliza-o por remédio salutar e obterás, em tempo breve, a bênção da compreensão e a tranqüilidade do esquecimento.

Debaixo da preterição que te fira, refugia-te nele e recuperarás sem demora o lugar a que o mérito te designa.

À frente de injúrias que te amarfanhem o coração, insiste nele e, com a bênção das horas, olvidarás escárnio e perseguição, colocando-te no rumo certo da verdadeira felicidade.

Perante a dor dos próprios erros cometidos, persevera com ele no cotidiano e, a breve espaço, granjearás serenidade e restauração.

Nos momentos claros da senda, trabalha e entesourarás mais luz no caminho.

Nos instantes escuros, trabalha e dissolverás qualquer sombra, desvelando a estrada que o Senhor te deu a trilhar.

Tudo o que o homem possui de útil e belo, grande e sublime se deve ao trabalho, com que se lhe engrandece a presença no mundo.

Haja, pois, o que houver, ampliem-se obstáculos, agigantem-se problemas, intensifiquem-se lutas ou se agravem provações, trabalha sempre no bem de todos, porque, trabalhando na Seara do Bem, podes conservar a certeza de que Deus te sustentará.


(Do livro "Coragem", pelo Espírito Emmanuel, psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, edição CEC).
Colaboração Amigo Luismar.