domingo, 25 de setembro de 2011

Teste Cristão

O dever do cristão é se tornar cada vez melhor. Em O livro dos Espíritos, encontramos a seguinte recomendação do Espírito Santo Agostinho:
Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: no fim de cada dia interrogava a minha consciência. Passava em revista o que havia feito e perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever. Se ninguém teria tido motivo para se queixar de mim.
Foi assim que cheguei a me conhecer e ver o que em mim necessitava de reforma.
Muito oportuno então que, na condição de seguidores de Jesus, nos perguntemos, para saber como anda a nossa paciência:
Estamos mais calmos e compreensivos?
Lembrando do relacionamento doméstico, respondamos: Já conseguimos conquistar um clima de paz dentro do lar?
Observando nossas manifestações com os amigos, questionemos:
Trazemos o Evangelho mais vivo em nossas atitudes?
Pesquisando o próprio desapego, verifiquemos: Andamos um pouco mais livres do anseio de posses terrestres?
Estamos usando mais os pronomes nós, nosso, nossa e menos os possessivos, meu, minha?
Nossos instantes de tristeza ou de cólera estão mais raros?
Como anda a questão dos desafetos e aversões? Temos conseguido nos achegar às pessoas que não nos são tão simpáticas? Ou ainda cultivamos uma discreta inimizade?
Auxiliamos aos necessitados com mais abnegação? Como temos olhado para os miseráveis que vivem pendurados em barrancos, à beira dos rios?
Qual tem sido a nossa opinião a respeito das crianças que se apresentam como meninos e meninas de rua, descuidados e ociosos?
Somos daqueles que somente criticam ou já nos credenciamos como voluntários em algum serviço do bem para reverter a situação?
Recordando nossa fé, podemos afirmar que ela se mostra mais segura?
Temos orado de forma sincera?
Temos demonstrado através da nossa fala mais indulgência? Temos tornado os nossos braços mais ativos e as nossas mãos mais abençoadoras?
Todo o Evangelho de Jesus, a Quem seguimos, é alegria no coração. Estamos de fato, mais alegres e felizes em nossa intimidade?
Tudo caminha. Tudo evolui. Busquemos fazer o mesmo.
*   *   *
Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à vida espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
Interroguemos a nossa consciência quanto à utilidade que temos dado ao nosso tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem.
Busquemos descobrir, em nós mesmos, as marcas do progresso que o contato com o Mestre Jesus tem realizado em nós.
E se descobrirmos que andamos estacionários, coloquemos de imediato mãos à obra no trabalho de nossa reforma interior, a fim de nos tornarmos verdadeiros cristãos. Isso porque o mundo necessita muito da mensagem do Cristo pensada e vivida.
 
Redação do Momento Espírita, com base no item 919 a, de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb e no cap. 1, do livro Opinião espírita, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec.
Em 17.08.2011.

Geração altiva


 
É bastante comum ouvir-se falar da precocidade das crianças de hoje em dia.
Impressiona a facilidade com que dominam as novas tecnologias.
Também é notável o modo pelo qual rompem tabus e preconceitos.
Diante de seres tão independentes e dinâmicos, pais e educadores costumam quedar perplexos.
Há nos jovens da atualidade algo de diferente.
Não se trata de mera rebeldia, sempre presente, em algum grau, nas novas gerações.
É todo um novo sistema de valores que parece desabrochar.
A Espiritualidade Superior noticia que realmente surge no mundo uma nova geração.
Trata-se de Espíritos que há muito não reencarnavam.
E mesmo de alguns que vêm de mundos distantes para aqui renascer.
Sua chegada é motivo de alegria e cuidados.
Alegria, pois trazem a tarefa de promover o progresso do planeta.
Dotados de grande intelectualidade, trazem novos conceitos de vida que desejam colocar em prática.
Alguns ainda são ricos de sublime moralidade.
A necessidade de cuidados deriva da própria qualidade desses seres.
Eles são independentes e altivos.
Renascem com o propósito de reformular os valores sociais e aprimorá-los.
Por conta disso, não são submissos e conformados.
Com eles, não adianta o discurso da mera proibição.
De nada resolve exigir que obedeçam aos mais velhos.
Eles precisam ser convencidos com bons argumentos.
Gritos e violências nunca foram métodos educativos eficazes.
Mas com essas crianças especiais são ainda mais infelizes.
Elas tratam os adultos de igual para igual.
Não aceitam punições e reproches e nem regras de conduta sem sentido.
É preciso conquistar-lhes a admiração e o respeito.
O fato de serem a promessa de um futuro melhor não autoriza que sejam abandonadas à própria sorte.
Seus pais são depositários de um tesouro Divino e darão conta do que fizerem.
Necessitam esmerar-se em dar bons exemplos e formação intelectual e moral adequadas porque a influência do lar é fundamental na formação do caráter.
Espetáculos de violências e indignidades podem causar grande prejuízo, mesmo em um Espírito mais avançado.
Afinal, ao se tornar adulto, ele terá primeiro de superar os traumas pelos quais passou.
Caso os prejuízos sejam muito grandes, talvez não consiga desempenhar a contento suas tarefas.
Inúmeros Espíritos de alto gabarito estão retornando às lutas terrestres.
Eles são a promessa de um mundo mais justo e fraterno.
Importa cuidar bem deles e preparar-lhes o caminho.
Orientá-los, para que não se percam na rebeldia vã e nem na libertinagem.
Cercá-los de afeto, a fim de que cresçam seguros e equilibrados.
Pense nisso.
 
Redação do Momento Espírita.
Em 21.09.2011.