domingo, 30 de dezembro de 2012

Um conto de Natal



 A história é simples, mas comovedora. Tudo começou porque Mike odiava o Natal. Claro que não era o verdadeiro sentido do Natal, mas seus aspectos comerciais.
Os gastos excessivos, a corrida frenética na última hora para comprar presentes para alguém da parentela de que se houvesse esquecido.
Sabendo como ele se sentia, certo ano a esposa decidiu deixar de lado as tradicionais camisetas, casacos, gravatas e coisas do gênero. Procurou algo especial só para Mike.
A inspiração veio de uma forma um tanto incomum. O filho Kevin, que tinha doze anos na época, fazia parte da equipe de luta livre da sua escola.
Pouco antes do Natal, houve uma disputa especial contra uma equipe patrocinada por uma Associação da parte mais pobre da cidade.
Esses jovens usavam tênis tão velhos que a impressão que passavam é de que a única coisa que os segurava eram os cadarços.
Contrastavam de forma gritante com os outros jovens, vestidos com impecáveis uniformes azuis e dourados e tênis especiais novinhos em folha.
Quando a competição acabou, a equipe da escola de Kevin tinha arrasado com eles.
Foi então que Mike balançou a cabeça triste e falou: Queria que pelo menos um deles tivesse ganho. Eles têm muito potencial, mas uma derrota dessas pode acabar com o ânimo deles.
Mike adorava crianças. Todas as crianças. E as conhecia bem, pois tinha sido técnico de times mirins de futebol, basquete e vôlei.
Foi aí que a esposa teve a ideia. Naquela tarde, foi a uma loja de artigos esportivos e comprou capacetes de proteção e tênis especiais que enviou, sem se identificar, para a Associação que patrocinava aquela equipe.
Na véspera de Natal, deu ao marido um envelope com um bilhete dentro, contando o que tinha feito e que esse era o seu presente para ele.
O mais belo sorriso iluminou o seu rosto naquele Natal. No ano seguinte, ela comprou ingressos para um jogo de futebol para um grupo de jovens com problemas mentais.
No outro, enviou um cheque para dois irmãos que tinham perdido a casa em um incêndio, na semana anterior ao Natal.
O envelope passou a ser o ponto alto do Natal daquela família.
Os filhos deixavam de lado seus brinquedos e ficavam esperando o pai pegar o envelope e revelar o que tinha dentro.
As crianças foram crescendo. Os brinquedos foram sendo substituídos por presentes mais práticos, mas o envelope nunca perdeu o seu encanto.
Até que Mike morreu. Chegou a época do Natal e a esposa estava se sentindo muito só. Triste. Quase sem esperanças.
Mas, na véspera do Natal, ela preparou o envelope como sempre.
Para sua surpresa, na manhã seguinte, havia mais três envelopes junto dele. Cada um dos filhos, sem um saber do outro, havia colocado um envelope para o pai.
*   *   *
O verdadeiro espírito do Natal se chama amor e no momento especial em que se reprisa, nos quadros da Terra, nos possibilita o exercício da nossa capacidade maior de doação.
Muito além dos presentes, da ceia, do encontro familiar, comemorar o Natal significa viver a mensagem do Divino Aniversariante, lançada há mais de dois mil anos e que até hoje prossegue ecoando nos corações...

Redação do Momento Espírita, a partir de história de
autor desconhecido.
Em 21.12.2012.

Vai ficar tudo bem




Let it be é o décimo terceiro e último álbum do grupo inglês de rock, The Beatles.
Foi gravado entre janeiro de 1969 e março/abril de 1970 e foi lançado em 8 de maio de 1970.
Inicialmente, o nome previsto para o álbum era outro. Mas acabou sendo mesmo o nome da faixa composta por Paul McCartney.
Paul a escreveu em homenagem a sua mãe, Mary McCartney, vítima de câncer de mama, quando ele tinha quatorze anos de idade. À época, a morte da mãe o abalara profundamente.
Conta Paul que, certa noite, sonhou com a mãe vindo em sua direção e lhe dizendo Let it be. Algo como Deixa estar ou Vai ficar tudo bem.
Quando acordou, já estava com a melodia da música na cabeça e os versos foram brotando:
Quando eu me encontro em tempos difíceis, mãe Maria vem para mim, falando palavras de sabedoria: “Vai ficar tudo bem.”
E, nas minhas horas de escuridão, ela está em pé bem na minha frente, falando palavras de sabedoria, sussurrando palavras de sabedoria: “Vai ficar tudo bem.”
E, quando as pessoas de coração partido, morando no mundo concordarem, haverá uma resposta: “Vai ficar tudo bem.”
Pois, embora possam estar separados há ainda uma chance que eles verão. Haverá uma resposta: “Vai ficar tudo bem.”
E quando a noite está nublada, há ainda uma luz que brilha em mim, brilha até a manhã: “Vai ficar tudo bem.”
Eu acordo ao som da música. Mãe Maria vem para mim. Não haverá tristeza. Vai ficar tudo bem.
*   *   *
Os versos traduzem alegria. Alegria ante a constatação de que a mãe vive a Imortalidade do Espírito.
E de onde quer que se encontre, nesse imenso Universo de Deus, vem ao encontro do filho quando as dificuldades se fazem maiores, quando as dores se tornam superlativas.
É o atestado do amor materno, que jamais abandona os seus filhos, sublimando-se no sentimento de amar, incondicionalmente.
Muitos filhos, como Paul McCartney, lhes detectam a presença generosa. Outros podem nem perceber, nem se dar conta.
Mas mãe é essa criatura especial que vela sempre, que faz da vida do filho a sua própria, que renuncia a seus prazeres e necessidades para suprir o de que carece o filho.
Também é uma canção de esperança. Esperança de que um dia todos possam perceber essa realidade. Tudo é passageiro na Terra. Tudo passa.
A morte separa as pessoas fisicamente, mas ninguém pode separar Espíritos que se amam. Porque o amor é indestrutível e tudo vence.
Vence o tempo, vence as fronteiras da morte, brilha na Imortalidade.
E, para amenizar a saudade da ausência física, nas asas do sono, os seres se encontram: uns ainda prisioneiros na carne, outros já libertos no mundo espiritual.
E, enquanto as horas do sono se fazem reparadoras para o corpo cansado, o Espírito sonha, nos campos espirituais.
Finalmente, depois dos dias de separação, dos anos de paciente espera, o grande reencontro das almas se faz.
Pensemos nisso e não nos permitamos o mergulho no poço da depressão. Nossos amores vivem.
E a dor que nos castiga agora, vai passar. Tudo vai ficar bem... Logo mais.

Redação do Momento Espírita.
Em 28.12.2012.

Seu primeiro Natal




Meu filho... É seu primeiro Natal.
Por algum tempo pensei no que lhe dizer, pois, como pai, tenho também a missão de lhe apresentar o mundo - de descrevê-lo em todas suas nuances.
Puxa... É seu primeiro Natal...
Sei que as pequenas luzes que brilham em todo lugar irão lhe encantar os olhos... Mas, sobre elas, gostaria de lhe dizer que representam estrelas.
Sim, as estrelas do Céu, que desejávamos trazer para mais perto de nós. Por isso enfeitamos as vitrines da vida com essas lâmpadas multicolores.
Sabe... Não precisaríamos de todas elas, pois uma só nos bastaria: a que representa a vinda para a Terra de um Amigo muito querido, que chamamos Jesus.
Sim, o mesmo Jesus de nossa oração diária, com o qual conversamos rapidamente antes de você dormir.
Bastaria uma estrela apenas... que trouxéssemos mais para perto de nós.
Nem todo mundo lembra disso, meu filho... E, embora em quase todos os lares possamos ver as estrelinhas brilhantes, na maioria deles, elas só estão reluzindo pelo lado de fora e não dentro de seus corações.
Aqui em casa elas estão por toda parte, pois você gosta tanto delas, não é? E saiba que estão no coração do papai, da mamãe, e de todos aqueles que te amam muito!
*   *   *
Você ouvirá muito a palavra presente, e confesso a você que muitas pessoas vão pronunciar esta palavra sem a mínima ideia do que ela significa.
Vão procurar esses tais presentes por aí, nas lojas, na televisão, na Internet, mas, não vão poder encontrar...

Para você entender bem o que é um presente, basta que se lembre do rosto de sua mãe e de seu pai quando o abraçamos diariamente.

Um presente é uma alegria que não acaba nunca, meu filho...
Você verá alguns homens vestidos com uma roupa vermelha bonita, também. É bom se acostumar, pois eles estarão por toda parte.
Talvez você se assuste um pouco com eles, mas saiba que eles representam a bondade no coração dos homens, bondade que faz com que as pessoas se desapeguem de suas coisas e as doem a quem precisa mais do que elas.
Você verá festas, comidas diferentes, ruas lotadas de pessoas, músicas belas. Mas saiba que tudo isso é apenas uma representação muito tímida do que realmente é o Natal.
O Natal é um convite que nos é refeito todos os anos, filhinho, quando os Bons Espíritos do Universo voltam a nos dizer que nascemos e renascemos para amar e que o amor deve estar acima de tudo na existência.
Esperamos poder lhe apresentar o amor, ao longo desses Natais que passaremos juntos.
E para isso, voltaremos a falar, muitas e muitas vezes, desse Amigo que chamamos Jesus. O Jesus da oração antes de dormir, o Jesus do Natal, o Jesus do amor...
Saiba ainda, filho amado, que, em seu primeiro Natal, seus pais agradecem muito ao Pai Maior por tê-lo ao seu lado.
As estrelinhas aqui de casa vão brilhar por toda parte, e cada uma delas estará dizendo: Amo você.
Feliz Natal, meu filho...

Redação do Momento Espírita
Disponível no CD Momento Espírita Especial de Natal,
v. 15 e no livro Momento Espírita, v. 8, ed. Fep.
Em 25.12.2012.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal de Jesus



Toda vez que o Natal retorna, Sua figura é lembrada com maior vigor. Alguns permanecem na tentativa de negar-Lhe a existência, afirmando que tudo é fruto de lenda.
Outros, que na Sua existência acreditam, perdem-se em datas e números, tentando descobrir quando Ele verdadeiramente nasceu.
O que se sabe é que até o Século IV, os cristãos do Mundo comemoravam o Seu natalício em diferentes meses e dias, motivo pelo qual a Igreja optou por determinar a data de 24 de dezembro, a fim de que todos os Seus seguidores se unissem para o mesmo evento, como um único coração.
Estranham alguns que tudo que se refira à figura humana do Cristo seja tão obscuro. Não se sabe com exatidão quando e onde nasceu, quase nada se tem a respeito de Sua infância e adolescência.
Mesmo após a Sua morte, não nos legou senão uma tumba vazia, tendo desaparecido Seu corpo, sepultado em lugar ignorado talvez.
Exatamente porque, desde o primeiro dia entre nós Ele, Jesus, insistiu em afirmar que a mensagem é mais importante do que o homem.
Contudo, algo existe em torno do qual ninguém discute, todos se irmanam. Ele legou à Humanidade o mais belo tesouro de todos os tempos: a lição do amor, o amor por excelência que foi.
Desde Seu nascimento na calada da noite à Sua morte infamante na cruz, a Sua foi a vida dos que amam em totalidade.
Por isso mesmo é que não temos as notícias de Jesus no seio de Sua família, convivendo com os Seus. A Sua família era a Humanidade e com ela esteve em Seu messianato.
Amou a multidão e a serviu. Falou de coisas profundas, utilizando figuras e linguagem acessíveis ao povo, que desejava uma mensagem diferente de todas as que ouvira até então.
A Sua voz tinha especial entonação e quando se punha a declamar a poesia dos Céus, extasiava as almas. Os simples O seguiam, os desejosos de aprender e os que ansiavam pelo consolo de suas feridas morais O ouviam atenciosos.
Sua mensagem era dirigida a todos os seres, nos diferentes estágios evolutivos, para as diferentes idades.
Dirigiu-Se à criança, convidou os moços a segui-lO, arrebanhou homens e mulheres em plena madureza, alentou a velhice.
Sua vida foi um contínuo servir. Ninguém antes dEle e ninguém depois realizou tamanha revolução no campo das ideias, semeando na terra dos corações, em tão pouco tempo.
Menos de três anos...
Sua mensagem, impregnada do perfume de Sua presença, prossegue no mundo, arrebanhando as almas.
Definindo-se como o Caminho, a Verdade e a Vida, Ele é também o consolo dos aflitos, a luz para os que andam em trevas densas, o amparo dos que se sentem desalentados e sós.
Seu nome é Jesus. Sua mensagem é a do amor perene. Seus ditos e Seus feitos constituem os Evangelhos.
A comemoração do Seu natalício a todos nos motiva a amar, doar e perdoar. E só há Natal porque Ele veio para os Seus irmãos, para nós e nos legou a mensagem Divina que fala de paz, de harmonia e de belezas espirituais.
*   *   *
Aproveitemos os dias do Natal que estamos vivendo para meditar a respeito dos ensinos de Jesus.
Aproveitemos mais: coloquemos em prática ao menos alguns deles.
E entre os presentes e mimos que distribuiremos em nome dEle, não nos esqueçamos de colocar uma parcela do nosso coração.
Não esqueçamos: é Natal.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 12, ed. Fep.
Em 22.12.2012.

sábado, 22 de dezembro de 2012

ALGO MAIS NO NATAL




Senhor Jesus!
Diante do Natal, que Te lembra a glória na manjedoura, nós Te agradecemos:
A música da oração;
O regozijo da fé;
A mensagem de amor;
A alegria do lar;
O apelo à fraternidade;
O júbilo da esperança;
A bênção do trabalho;
A confiança no bem;
O tesouro de tua paz;
A palavra da Boa Nova e
A confiança no futuro!
Entretanto, ó Divino Mestre!
De corações voltados para o Teu coração, nós Te suplicamos algo mais...
Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos.

Emmanuel
Texto do livro “À Luz da Oração”/Editora “O Clarim”

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Professores


Você recorda o nome de sua primeira professora?
Pois é, quase nunca lembramos. Mas, com certeza, recordamos dos nomes dos nossos professores universitários.
E não é pelo fato da proximidade de nossa formatura. Nós os lembramos pelo cabedal de conhecimentos, pela experiência e segurança, dentro de sua área de atuação.
Nós os recordamos porque partilharam das nossas lutas mais árduas, a fim de conseguirmos o tão ambicionado diploma.
Nós os lembramos porque estiveram conosco nas pesquisas e nas orientações particulares.
Também porque foram, muitas vezes, os que nos conduziram aos nossos primeiros estágios, ensaiando-nos para a carreira profissional.
Alguns nos orientaram em nossas teses e monografias, a fim de alcançarmos as especializações que almejávamos.
Temos razão em recordá-los e com gratidão. Entretanto, de nada adiantaria todo o conhecimento e a experiência deles na universidade, se não tivéssemos chegado até lá.
E somente chegamos até lá porque em nossa infância, alguém de extrema dedicação nos abriu a possibilidade da leitura, desvendando-nos o alfabeto.
Alguém que teve paciência suficiente para nos ensinar a decifrar os códigos da escrita. Que tomou da nossa mão e foi traçando os contornos das vogais e consoantes, a fim de que aprendêssemos a escrever.
Essa criatura foi nossa primeira professora. Enquanto brincávamos ou descansávamos após as horas da escola, ela se debruçava sobre livros à cata de contos e histórias para melhor ilustrar o ensino, no dia seguinte.
Enquanto nós dormíamos, ela estava criando e confeccionando materiais com suas mãos habilidosas. Eram personagens, gravuras, painéis para compor a próxima aula.
Tudo para que o estudo nos parecesse atraente e a escola nos conquistasse.
Crescemos. Hoje, quando lemos com fluência, até em outros idiomas, possivelmente nem nos recordamos das dificuldades dos primeiros momentos.
Após tantas conquistas e tantos anos passados, é bom nos lembrarmos da nossa primeira professora, aquela que descobriu a terra propícia da nossa riqueza interior e a despertou.
Aquela que nos ensinou os sons precisos das letras e como uni-las, a fim de formar palavras. Aquela que nos forneceu as noções básicas das operações aritméticas, a fim de que pudéssemos entender as noções de quantidade, pesos, medidas.
*   *   *
Se você tem hoje filho na escola e se emociona quando ele chega em casa, cantando uma pequena canção ou contando uma história, lembre: há uma criatura muito especial que se dedica de forma muito particular a ensinar-lhe muitas coisas, todos os dias.
Por isso, da próxima vez que seu filho olhar para uma placa ou painel de propaganda, em plena rua e começar a soletrar, tentando unir as letras para formar palavras e você o olhar com orgulho, não deixe de lembrar do tesouro precioso que é a escola.
Mais do que isso, não esqueça de agradecer, de vez em quando, à professora, por essas pequenas grandes conquistas do seu filho.

Redação do Momento Espírita, em homenagem à
Eugédia Maria Therezinha Venzon Bittencourt.
Em 15.10.2012.

Vitrine do mundo


O menino caminhava ao lado de sua avó por movimentada avenida. Estava de férias e reservara aquele dia para o passeio há muito combinado com a gentil senhora.
Já haviam observado diversas vitrines, quando uma em especial chamou-lhes a atenção. Tratava-se de uma loja de brinquedos.
O menino ficou encantado. Havia brinquedos dos mais variados tipos, coloridos, eletrônicos e de tabuleiro. Ele não sabia para qual deles olhar primeiro.
Andava eufórico de um extremo ao outro da vitrine, chamando a atenção da avó para esse e aquele brinquedo.
A bondosa senhora, percebendo a alegria, disse que ele poderia escolher um entre os brinquedos expostos para que ela o presenteasse.
Ansioso, o menino observou mais uma vez todas as opções.  Sentindo-se ainda bastante indeciso, pediu à avó que o auxiliasse na escolha. Gentilmente, ela começou a lhe dar sugestões.
Nesse momento, o menino avistou, no lado oposto da rua, outro menino, encolhido sob uma marquise. Suas roupas estavam muito sujas e os pés, descalços.
Tomado de compaixão, chamou a atenção da senhora para aquele menino e, segurando nas macias mãos da avó, disse-lhe: Vovó, ao invés de comprarmos um brinquedo caro para mim, poderíamos usar esse dinheiro para levarmos aquele menino para almoçar conosco. O que a senhora acha?
A avó, tomada de surpresa pelo gesto nobre do neto, mais do que depressa concordou com ele e, juntos, foram convidar o menino para almoçar.
Rumaram os três para uma deliciosa refeição, não sem antes comprar roupas para aquela criança cujo futuro era tão incerto.
Através de uma longa conversa, a senhora descobriu que ele era órfão e, desde a morte de seus pais, estava nas ruas, passando pelas mais diversas necessidades.
Sendo assim, ela o levou para um abrigo de menores, não deixando de visitá-lo, com seu neto, periodicamente, dando-lhe atenção e amor.
*   *   *
O mundo é para nós uma grande vitrine. Nele, vemos expostas das coisas mais sublimes até as mais repugnantes.
Encontramos da mais alta filosofia, das mais impressionantes obras de arte, dos mais belos gestos humanitários até a violência gratuita, os preconceitos, o desrespeito pela vida humana.
Temos tudo ao nosso dispor. O que nos diferencia é a escolha que fazemos diante de tantas opções. Podemos optar pela guerra ou escolher a paz. Optar pelo tratamento cordial ou pelo desprezo mesquinho.
Podemos, ainda, escolher auxiliar alguém através de um gesto caridoso ou fingirmos que as dores do mundo não fazem parte do nosso cabedal de responsabilidades.
Nossas escolhas são capazes de mudar vidas, estabelecer rumos, abrandar corações, curar feridas. São elas que definem o que somos. Nós somos o produto de nós mesmos.
Nas palavras do autor irlandês Clive Lewis: Cada vez que você faz uma escolha, está transformando sua essência em alguma coisa um pouco diferente do que era antes.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita.
Em 20.10.2012.

Vencendo as aflições


Quando aquele rapaz começou a sentir as primeiras dores em uma das mãos, era uma pessoa em plena atividade profissional, trabalhador responsável e pai de família.
A sua rotina de trabalho lhe exigia muitas horas de uso do teclado do computador, o que desencadeou inicialmente um processo inflamatório dos nervos e tendões em uma das mãos.
Porém, mesmo seguindo as recomendações médicas e o tratamento adequado, a dor aumentou com o passar do tempo, levando-o a movimentar cada dia menos a mão acometida.
Entre exames e tentativas de diagnóstico médico, passaram-se alguns meses.
Com o transcorrer do tempo, os sintomas continuaram a evoluir. Veio o inesperado diagnóstico de um tipo de doença neurológica, na qual a principal característica é a presença de dor extremamente intensa nas regiões acometidas.
Passados mais de seis anos após o aparecimento dos primeiros sintomas, ele vive uma situação muito diferente do que a de muitos jovens da sua idade.
A progressão da patologia, somada às várias complicações do próprio quadro, levaram-no à necessidade de manter-se, na maior parte do tempo, deitado sobre uma cama.
As aflições que enfrenta são inúmeras.
Dentre elas, passa por uma complicada situação financeira e ingere diariamente doses elevadíssimas de medicação para alívio das dores, sofrendo indesejáveis efeitos colaterais.
Porém, o que mais surpreende a todos que convivem com ele, é a capacidade que carrega dentro de si de enfrentar essa situação com esperança e grande fé no coração.
Apesar de lutar diariamente contra tamanhas dificuldades, dentre elas, a impossibilidade de desfrutar momentos ao lado do filho, jamais se observou algum traço de revolta ou indignação pela situação em que se encontra.
Recebe, semanalmente, visita de vários amigos e é comum encontrá-lo com desconforto e dores, porém nunca com reclamações ou palavras de desesperança.
Rapaz inteligente e lutador, muitas vezes é ele próprio quem consola e alivia o coração dos que o visitam, contando histórias e conversando sobre temas edificantes.
Demonstra fé inabalável em Deus e demonstra uma forma sublime de enfrentar a dor, com paciência e grande resignação.
A consciência de que o sofrimento de hoje pode estar ligado às próprias faltas do passado e de que a atual situação pode ser libertadora para o Espírito endividado, traz-lhe serenidade.
Ele busca, constantemente, o alento da Doutrina Espírita.  Extrai dos ensinamentos cristãos a esperança que sustenta a vida e o impulsiona para a vitória sobre as dificuldades.
Sua postura contribui imensamente para a renovação do entusiasmo, transformando-se em recurso terapêutico de forte alcance.
Tem em mente que as aflições de agora transformar-se-ão em tranquilidade para sempre e chegará o dia em que sua alma estará repleta de pura alegria.
*    *   *
Pensemos em como temos enfrentado nossas dores.
Não nos esqueçamos que somente padecemos o que se faz indispensável à vitória sobre nós mesmos.
Redação do Momento Espírita,
Em 23.10.2012.

A parábola relembrada




Conta-se que, após ouvir a parábola do samaritano, narrada por Jesus, o Apóstolo Tadeu ficou muito interessado no assunto.
Mais tarde, pediu que o Mestre fosse mais explícito nos ensinamentos.
Jesus, com Sua peculiar bondade, relatou o seguinte: Um homem enfermo jazia no chão, às portas de grande cidade.
Pequena massa popular assistia indiferente aos seus esgares de dor.
Passou por ali um moço romano de coração generoso.
Apressado, atirou-lhe duas moedas de prata, que um rapazelho de maus costumes subtraiu às ocultas.
Logo após, transitou pelo local um venerando escriba da lei.
Alegando tarefas urgentes a realizar, prometeu enviar autoridades, em benefício do mendigo anônimo.
Quase de imediato, desfilou por ali um sacerdote, que lançou ao viajante desamparado um gesto de bênção.
Afirmando que o culto a Deus o esperava, estimulou o povo a asilar o doente e alimentá-lo.
Depois dele, surgiu respeitável senhora, a quem o pobre dirigiu comovente súplica.
A nobre matrona lastimou as dificuldades de sua condição de mulher.
Invocou o cavalheirismo masculino para aliviá-lo, como se fazia imprescindível.
Minutos mais tarde, um grande juiz passou pelo mesmo trecho da via pública.
Afirmou que nomearia algumas testemunhas, a fim de verificar se o mísero não era algum viciado vulgar, e se afastou.
Decorridos ainda alguns instantes, veio à cena um mercador.
Condoído, asseverou a sua carência de tempo e deu vinte moedas a um homem que lhe pareceu simpático.
Assim, esperou que o problema de assistência fosse resolvido.
Mas o preposto improvisado era um malfeitor e fugiu com o dinheiro sem prestar o socorro prometido.
O doente tremia e suava de dor, rojado ao pó.
Foi quando surgiu um velho publicano, considerado de má vida, por não adorar o Senhor segundo as regras dos fariseus.
Com espanto de todos, aproximou-se do infeliz e lhe endereçou palavras de encorajamento e carinho.
Deu-lhe o braço e o levantou, sustentando-o com as próprias energias.
Conduziu-o a uma estalagem de confiança, fornecendo-lhe medicação adequada.
Também dividiu com ele o dinheiro que trazia consigo.
Em seguida, retomou com tranquilidade o seu caminho.
Depois de interromper-se ligeiramente, o Mestre perguntou ao discípulo: Em sua opinião, quem exerceu a caridade legítima?
Sem dúvida, foi o publicano, exclamou Tadeu.
Além de dar o dinheiro e palavras, deu também o sentimento, o tempo, o braço e o estímulo fraterno.
E para tudo usou das próprias forças.
Jesus fitou no aprendiz os olhos penetrantes e rematou:
Então, faça o mesmo.
  *   *
A caridade por substitutos é indiscutivelmente honrosa e louvável.
Mas o bem que praticamos em sentido direto, dando de nós mesmos, é sempre o maior e o mais seguro de todos.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 29, do livro
Jesus no lar, pelo Espírito Neio Lúcio,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 13.10.2012.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Preconceito


Aconteceu num voo da British Airways entre Johanesburgo, na África, e Londres, na Inglaterra.
Uma senhora branca, de uns cinquenta anos, senta-se ao lado de um negro.
Visivelmente perturbada, ela chama a comissária de bordo.
Qual é o problema? - Pergunta a moça.
Mas, você não está vendo? - Responde a senhora. Você me colocou ao lado de um negro. Eu não consigo ficar ao lado de gente desta classe. Quero que você me dê outro assento.
Por favor, acalme-se. Quase todos os lugares deste voo estão tomados. Vou ver se há algum lugar disponível.
A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.
Minha senhora, como eu suspeitava, não há nenhum lugar vago na classe econômica. Conversei com o comandante e ele me confirmou que não há mais lugar na classe executiva. Entretanto, ainda temos um assento na primeira classe.
Antes que a senhora pudesse fazer qualquer comentário ou esboçar um gesto, a comissária continuou:
É totalmente inédito o fato de a companhia conceder um assento de primeira classe a alguém da classe econômica. Contudo, dadas as circunstâncias, o comandante considerou que seria verdadeiramente vergonhoso alguém ser obrigado a se sentar ao lado de uma pessoa intratável.
E, dirigindo-se ao senhor negro que, até aquele momento ficara sempre calado, ouvindo as agressões da senhora, que parecia tão distinta, a comissária complementou:
Senhor, se for de sua vontade, faça o favor de apanhar os seus pertences e me acompanhar. Eu o encaminharei para um assento na primeira classe, que está à sua espera.
E todos os passageiros ao redor, que acompanhavam a cena, muito chocados, levantaram-se e bateram palmas.
*   *   *
O preconceito é próprio dos orgulhosos. Expressa, em verdade, a estreiteza de visão da criatura.
Todos os seres humanos são formados dos mesmos elementos. Têm as mesmas necessidades, como seja de comer, beber, dormir, amar e sonhar.
Não há, pois, motivo algum para que alguém se julgue mais importante ou superior a quem quer que seja.
Qual a importância da cor da pele? Se apagarmos as luzes de uma sala cheia de pessoas e nos tocarmos no escuro, saberemos distinguir os brancos dos negros e esses dos amarelos?
Se chegássemos em uma aldeia indígena, onde os seus componentes jamais tivessem visto um homem branco, eles nos estranhariam. Reclamariam da palidez da nossa pele e seríamos ali um elemento muito diferente.
Que se diria se, em um canteiro de rosas viçosas, abertas, perfumadas, as de cor vermelha, aveludadas, desprezassem as amarelas? Não acharíamos grande tolice?
Pois o mesmo se aplica aos seres humanos.
*   *   *
A única superioridade que devemos perseguir, com ardor, é a superioridade moral.
Ela nos conferirá fraternidade, amor e justiça, afastando de nós todo preconceito, egoísmo e orgulho, porque nos elevará à condição de verdadeiros filhos de Deus.
Redação do Momento Espírita, com base no
artigo
Racismo, de autoria desconhecida.
5.9.2012.

domingo, 16 de setembro de 2012

Inspiração do poeta


Conta-se que, num dia qualquer, o compositor Almir Sater estava em São Paulo para uma temporada.Em certo momento, desceu do seu apartamento para tomar um cafezinho num mercado ali perto.
Encontrou um amigo, que o convidou para experimentar uma viola que acabara de comprar. Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e soltou a voz:
Ando devagar....ao que o amigo emendou...porque já tive pressa.
Dizem que essa maravilha chamada Tocando em frente, ficou pronta em dez minutos. Um dia, alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e ele respondeu: Ela estava pronta. Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la a nós.
Será verdade ou será mais uma dessas lendas que se inventam, a respeito de pessoas célebres e suas produções?
Lenda ou verdade, não importa. O que sabemos é que a inspiração existe e disso entendem muito bem os gênios de todos os matizes.
E a letra e música de Tocando em frente são uma joia rara.
Convidam-nos a parar em meio à correria, a viver com mais vagar, como a saborear cada momento.
Também nos recordam que, na vida, lágrimas e sorrisos se sucedem.
Assim dizem os versos:
Ando devagar porque já tive pressa.
E levo esse sorriso, porque já chorei demais.                                         
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe...
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei...
Há tanto para aprender. E quantos cremos ser superiores, por entendermos disso ou daquilo. E, contudo, quem verdadeiramente se dedica a aprender, descobre que quanto mais aprende, mais há a ser pesquisado, descoberto.
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
O planeta Terra é o grande laboratório Divino em que provamos a dor, a alegria. Em que nos extasiamos ante a manhã que se espreguiça e nos encantamos com a riqueza das pessoas.
Cada uma com seu talento especial, sua forma de ser, de agir em nossas vidas.
E, neste planeta de provas e expiações, com quantas delícias nos agracia Deus. Sabores de frutas, consistências inúmeras.
É preciso tudo provar. Aprender a degustar, reconhecendo o sabor de cada fruta, do trigo transformado em pão, do grão triturado, moído, servido com aroma de café.
Mas é preciso o amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, continua cantando o inspirado poeta.
Sim, o amor nos é imprescindível porque fomos criados e somos mantidos pelo amor de Deus, trazendo essa essência Divina em nossa intimidade.
E somente sorri, num mundo de tanta perversidade ainda, quem já descobriu o segredo da vida na Terra, que se chama oportunidade e progresso.
Por isso, cada um de nós compõe a sua história. E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.
E, como todo mundo ama, todo mundo chora, não esqueçamos que um dia a gente chega, no outro vai embora.
A vida é transitória. Aproveitemo-la, ao máximo, vivendo com a família, os amigos. Produzindo na sociedade, deixando nossas marcas de luz para, como alguém já falou, quem venha atrás, possa dizer: Por aqui passou um ser iluminado. Uma estrela...

Redação do Momento Espírita.
Em 23.08.2012.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Oportunidades diárias



 
Narra uma lenda chinesa que, às margens de imenso rio, vivia um pescador muito pobre.
Mal o rosto dourado da manhã se abria em sorrisos e as mãos brincalhonas da brisa matinal começavam a espalhar perfumes, ele se levantava e seguia para o rio.
As aves voavam alegres pelos ramos das árvores, em gorjeios maviosos. Mas nada disso animava Vicente, o pescador.
Ele andava lento, depois de se levantar com preguiça. Tomava o café matinal sem prestar atenção ao pão que fora servido, com carinho.
Com má vontade, naquela manhã, como em tantas outras, ele pegou suas redes de pesca, os apetrechos necessários e foi para o barco.
O dia prometia ser maravilhoso. A mãe natureza se esmerava em preparar um detalhe diferente, para que a reprise do dia anterior não fosse total. Um detalhe, afinal, é sempre muito importante.
Mas Vicente nada via. Foi resmungando para o barco. Sentou-se meio a contragosto, sempre reclamando e sentiu alguma coisa no chão. Sem olhar, apalpou com a mão direita. Encontrou uma sacolinha com pedras miúdas.
Distraído, sem ânimo para iniciar o trabalho da pesca, começou a jogar as pequenas pedras no rio, aguardando a chegada do sol.
Jogou uma a uma, divertindo-se com as ondulações que se desenhavam na superfície das águas.
Finalmente, o sol apareceu soberano, rasgando a escuridão da noite, com o seu punhal de luz.
Agora havia calor e muita luminosidade. O novo dia abriu seu manto de belezas para que todos o pudessem apreciar.
Vicente, ao pegar a última pedra, verificou que ela cintilava, refletindo os raios do sol. Examinando melhor, percebeu que se tratava de um diamante, explodindo claridade e beleza.
Levantou-se depressa e sacudiu a sacolinha. Estava vazia. Dando-se conta que jogara no rio uma imensa riqueza, Vicente se pôs a gritar, esbravejar, acusando todas as pessoas e o mundo por sua desgraça.
Sentia-se infeliz e amargurado. Perdera um grande tesouro. Jogara tudo no rio.
E, enquanto gritava e se desesperava, nem se deu conta de que ainda possuía nas mãos a última pedra preciosa.
*   *   *
Se você acordou esta manhã com mais saúde do que doença, você é mais abençoado do que o milhão que não sobreviverá esta semana.
Se você nunca passou pelo perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão, a agonia de uma tortura, ou as aflições da fome, você está à frente de quinhentos milhões de pessoas no mundo.
Se você tem a ventura de frequentar um templo religioso, de seguir uma religião sem o medo de ser preso, torturado ou morto, você é mais abençoado do que três bilhões de pessoas no mundo.
Se você tem comida na geladeira, roupas no corpo, um telhado sobre a cabeça e um lugar para dormir, você é mais rico do que setenta e cinco por cento das pessoas do mundo.
Por tudo isso, não se esqueça de agradecer a Deus a oportunidade da vida, da saúde, da liberdade e de todas as outras bênçãos de que você desfruta.
 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro Para sempre em nosso coração, de Maria Anita Rosas Batista, ed. Minas e Em prece, de autoria desconhecida.
Em 22.08.2012.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Suave convite


 Nos tempos modernos, torna-se cada vez mais frequente o surgimento de transtornos emocionais e diversos tipos de fobias e angústias sociais.
Isso demonstra o grau de infelicidade de muitas criaturas.
Tem sido comum a alma humana buscar o alento e apoio nas coisas materiais ou nas pessoas.
Viagens, compras, jogos de azar, entrega às fartas mesas e à embriaguez, férias prolongadas – tudo constitui um caminho comum na busca incessante de se equilibrar emocionalmente.
A desilusão é certa quando se busca o alívio em algo material.
Com o tempo, tudo isso leva ao enfado e ao descontentamento.
As amizades, quando não são sinceras, se esvaem com o tempo.
As variadas terapias que temos à disposição, muitas vezes não trazem o resultado que o indivíduo busca.
*   *   *
Jesus, nosso celeste Amigo, nos convida à Sua companhia para que tenhamos o amenizar das dores. A proposta do Mestre é a do auxílio incessante. Vinde a mim... que eu vos aliviarei.
Não existe a promessa de que o problema será retirado da vida de cada pessoa, pois todos têm que resgatar o que devem perante a lei de Deus.
Mas Ele nos oferece a certeza de que está sempre conosco, iluminando nossos caminhos, para que nos sintamos fortalecidos ao enfrentar as dificuldades.
Com Jesus Cristo temos o discernimento para entender que ninguém se acha no mundo sem nobres objetivos.  
No quadro de todas as lutas humanas, a ajuda de Jesus é essencial para a conquista da harmonia física, mental e espiritual.
Poucos de nós paramos para meditar no verdadeiro papel do Cristo na vida de cada um.
Se permitirmos que Ele se mantenha vivo em nossos corações, alcançaremos com mais facilidade a coerência e a lucidez nas atitudes e nos sentimentos.
Jesus prossegue socorrendo a pequenez humana e, nos dias de insegurança, Ele representa para nós um foco de luz.
Faz o convite diário a todas as criaturas, sem distinção e, com certeza, nos aguarda de braços abertos, cheio de esperança de que busquemos conhecê-lO e aprendamos a amá-lO com os nossos mais sinceros sentimentos.
*   *   *
O apoio do Cristo é de importância capital para cada um e para todos nós.
Se, por um lado, Ele não retira o fardo da quota das nossas responsabilidades, por outro, jamais nos deixa à míngua da Sua luminosa presença, o que será sempre garantia de fortalecimento para o enfrentamento da asperidade.
O Cristo é, assim, para nós, a fonte do ansiado alívio para todos os tormentos, para todas as lutas e dores, impulsionando-nos para que aprendamos a solucionar intrincados enigmas por meio da nossa comunhão com os Seus ensinos.
Não apenas nas quadras de aperto e infelicidade, mas, também, quando tudo nos sorri, quando o sol brilha sobre as nossas estradas, pois esse é o melhor tempo de fixarmos o aprendizado para os tempos de invernia.
Busque-O, você também, em cada dia da sua vida, com alegria interior, instalando em si mesmo os prenúncios da paz que o vacinará contra os maus tempos da alma, dando-lhe resistência para facear, com bom ânimo, todo e qualquer testemunho pelo qual tenha que passar. 
Redação do Momento Espírita, com base
 no cap. 3, do livro
Quem é o Cristo,
pelo Espírito Francisco de Paula Vítor,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 17.8.2012.