sábado, 21 de agosto de 2010

A paz no mundo virá dos lares



A paz no mundo virá dos lares
 
A natureza respirava perfumes suaves, carreados nos braços dos ventos brandos.
Pairavam nas mentes e nos corações ansiedades feitas de alegrias e expectativas.
João, o discípulo amado, acercou-se de Jesus e, com serenidade, interrogou:
Quando dizemos que Deus é nosso Pai Amantíssimo, porque é o Criador de todas as coisas, devemos entender que todos somos irmãos, mesmo em relação àqueles que se afastam de nós e nos detestam?
Sem dúvida, João. – confirmou o Amigo – Os maus e indiferentes, os perversos e odiosos também são nossos irmãos, pois que, se fora ao contrário, concordaríamos que existiria outro Genitor Divino.
Pertencemos todos à família universal, ligados, uns aos outros, pela mesma energia que a tudo deu origem.
A fim de que o amor se estabeleça entre as criaturas de conduta e de sentimentos tão difíceis, o Excelso Pai fez o ser humano também co-criador.
Assim contribui com ele para o crescimento de cada um, através da união conjugal, da qual surge a família consanguínea, que é a precursora da universal.
Graças à união dos indivíduos pelo sangue, surgem as oportunidades da convivência saudável, mediante o exercício da tolerância e da fraternidade.
Tal exercício é treinamento para a compreensão dos comportamentos tão diversos que serão enfrentados nos relacionamentos fora do lar.
*   *   *
Jesus deixa muito clara a importância da instituição familiar no mundo.
Mostrando apenas uma de suas mil nuances abençoadas, o Mestre reforça a dedicação que devemos aplicar no lar.
Somos co-criadores e tal deferência nos deve fazer sentir honrados e felizes.
Não criamos almas, mas contribuímos para a criação dos novos corpos que recebem, diariamente, Espíritos que ainda precisam voltar à carne.
Assim, dos laços de sangue, pela íntima relação que proporcionam, nascem novos amores ou se fortalecem antigos.
Dos laços de sangue nasce a oportunidade do reajuste, do perdão, da aceitação.
Dos laços de sangue surge uma nova história, o renascer da água e do Espírito, a chance de refazer os caminhos.
Desta forma, precisamos estar atentos à família que nos abraça.
Estão ali, muito claros para nós, os maiores objetivos que nos trazem a mais uma encarnação na Terra.
Estão ali, nas diferenças e afinidades que nos unem, as provas benditas que nos farão melhores hoje do que fomos ontem.
Estão ali, no coração do pai, da mãe, dos irmãos e dos filhos, as sementes da nova era de paz que se estabelece gradualmente no globo terrestre.
A paz no mundo virá dos lares. A paz no mundo virá do amor dos pais aos filhos.
Virá da tolerância e do respeito dos filhos em relação a seus pais. Virá da amizade entre os irmãos.
A paz no mundo reinará quando houver amor completo nas famílias.
 
Redação do Momento Espírita com base no cap. 14
 do livro A mensagem do Amor Imortal, pelo Espírito
Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.Em 29.06.2010.

Oração e atenção

Oração e atenção
 
Você orou e pediu.
Agora, importa que se desfaça de quaisquer inquietações e asserene o íntimo para recolher as respostas da Divina Providência.
É desnecessário esperar demonstrações espetaculares para se certificar quanto às indicações do Alto.
O sol não precisa descer ao campo para aquecer o talo de erva que lhe aguarda o calor, uma vez que lhe basta a mobilização dos próprios raios.
Do mesmo modo, Deus conta com milhões de mensageiros que Lhe executam os Excelsos Desígnios.
Ore e peça, mas em seguida preste atenção.
Algo virá por alguém ou por alguma coisa para lhe doar, na essência, as informações ou os avisos que solicita.
Em muitas circunstâncias, a advertência ou o conselho vem no verbo de um amigo.
Ou então na página de um livro, em uma nota singela da imprensa ou mesmo em um simples cartaz que esteja em seu caminho.
Mais do que isso, com frequência, a resposta a suas preces e necessidades vem mediante seus próprios sentimentos e raciocínios.
Deus sempre responde.
Seja nas mensagens inarticuladas da natureza, na troca de confidências com uma pessoa amiga, nas emoções que surgem profundas de seu peito.
O convite é invariavelmente para a observância do bem eterno, na forma do cumprimento do dever.
Ao ensinar a orar, Jesus realçou a importância de se afinar com os propósitos superiores da vida.
Tanto que afirmou: Santificado seja o Seu nome, venha a nós o Seu reino e seja feita a Sua vontade, assim na Terra como nos céus.
Dando ênfase ao problema da atenção, recomendou que se buscasse um lugar íntimo para o serviço da prece.
Ele mesmo demandava a solidão para comungar com a Infinita Sabedoria.
Em se tratando de louvores e rogativas ao Senhor da vida, convém recordar os exemplos de Jesus.
Não cabem dúvidas de que Deus atende constantemente.
Contudo, é imprescindível fazer silêncio no mundo íntimo.
Impõe-se esquecer desejos, exigências e medos, para ouvir a resposta Celeste.
Mais importante ainda é estar disposto a aceitar as orientações recebidas.
A Divina Providência sempre se posiciona em seu favor, ainda que você não consiga entender de pronto.
Por vezes, deseja ver atendidos alguns desejos muito caros ao seu coração.
Por conta disso, tende a ignorar alertas sobre a impropriedade do que almeja.
Talvez queira facilidades que o exporiam a tentações bastante perigosas.
Ou anele por entretecer relações com pessoas cujo convívio não lhe seria positivo.
Nesse estado de espírito, necessitará de humildade para reconhecer a orientação Divina e aceitá-la.
Entretanto, a submissão aos Desígnios Cósmicos o livrará de dores e decepções desnecessárias.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXIV,
 do livro Coragem, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec.
Em 01.07.2010.