segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

TIRE SUAS SANDÁLIAS

Tire as suas sandálias

© Letícia Thompson

Conta a Bíblia que virando-se Moisés para Deus, Este lhe disse: - tire as suas sandálias, pois o lugar em que você está é terra santa.

E eu me pergunto de que maneira estamos entrando no período em que o Salvador do mundo fez-se homem entre os homens.

Natal deve ser um período santo, pois relembramos que o Filho do Homem veio ao mundo para dar ao mundo a chave da reconciliação com tudo o que é santo e sagrado.

Neste natal tire as sandálias da indiferença, o pó das velhas mágoas, as nódoas das tristezas, a perturbação das incertezas.

Acolha o perdão no seu coração e distribua com quem precisa dele. Perfume-se de ternura e alimente sua alma dos mais gostosos frutos do espírito:

amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. São esses os presentes que Jesus nos deixou.

Deus não solicita presentes, mas deseja nossa presença e que estejamos inteiros e felizes, em paz com o mundo e com Ele.

Pois então, nesse Natal, tire as suas sandálias, pois o período que você entra é período santo e é somente santificando- nos que podemos ter um real encontro com o Filho de Deus.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Banda larga e mente estreita

Banda larga e mente estreita

Toda banda larga é inútil, se a mente for estreita.

Eis a ideia veiculada numa determinada campanha publicitária nacional, que toca numa temática bastante interessante.

Nos tempos de desenvolvimento tecnológico incessante e revolucionário; nos tempos da velocidade da informação, e da conectividade em tempo real com o mundo todo, é necessário pensar.

Pensar se tudo isso, realmente, está sendo utilizado em favor do desenvolvimento humano, ou é apenas mais uma distração criada pela alma imatura do homem terreno.

Sim, pois, se pouco ou nada nos acrescenta como Espíritos, no que diz respeito ao nosso progresso moral, ao nosso melhor comportamento, de que nos adianta?

De que nos adianta ter a facilidade no acesso à informação, se não sabemos o que fazer com ela?

De que adianta ficar sabendo de tantas e tantas coisas, se não sabemos selecionar o que eu quero e o que eu não quero para mim?

Toda banda larga é inútil, se a mente for estreita.

A mente estreita é esta que se perde em meio a tantas possibilidades, sem saber para onde ir.

Naufragam ao invés de navegarem na Web.

Gastam seu tempo querendo saber da vida dos outros, do que aconteceu aqui ou ali, inaugurando apenas uma nova forma de voyeurismo e fofoca – apenas isso.

A mente estreita lê, mas não pensa sobre o que leu, não emite opinião, apenas aceita...

A mente estreita prefere o contato virtual, dos perfis raramente sinceros, do que a conversa olho no olho, sem barreiras, sem máscaras.

A tecnologia está à nossa disposição para nos ajudar. É o conhecimento intelectual engendrando o progresso moral, propiciando o adiantamento do ser humano, e não sua destruição.

A chamada informação nunca foi tão fácil e farta, é certo, mas será ela, por si só, suficiente?

O que mudou em nós, seres humanos, as agilidades tecnológicas da nova era? Tornamo-nos melhores? Mais caridosos? Mais dispostos a nos vermos todos na Terra como irmãos?

Talvez para alguns sim, os de mente larga e coração amplo.

Tantas comunidades do bem na rede, tantas propostas nobres ligando pessoas em todo o mundo!

Inúmeras mensagens de consolo, de esclarecimento, diariamente cruzam os ares virtuais da internet, e levam carinho e alegria a muitos lares infelizes.

São muitos os exemplos de como os avanços intelectuais podem ser bem utilizados em favor do desenvolvimento humano.

Sejamos nós estes de mente larga, que querem e trabalham pelo bem comum, das mais diferentes formas possíveis, e que se utilizam de mais este instrumento, para viver o amor.

* * *

O Universo é a condensação do amor de Deus, e somente através do amor poderá ser sentido, enquanto pela inteligência será compreendido.

Conhecimento e sentimento unindo-se, harmonizam-se na sabedoria que é a conquista superior que o ser humano deverá alcançar.

Busquemos a plenitude intelecto-moral, conforme tão bem acentua o nobre Codificador do Espiritismo, Allan Kardec.

Redação do Momento Espírita com citações do cap. Desenvolvimento científico, do livro Dias gloriosos, do Espírito Joanna de Ângelis,

psicografia do médium Divaldo Franco, ed. Leal.

Em 15.05.2009.


LIÇÕES DE VIDA PARA FAMÍLIA


LIÇÕES DE VIDA PARA FAMÍLIA

Em seu livro "lições de vida para famílias", Maria Tereza Maldonado enumera
diversas sugestões que têm por objetivo auxiliar as pessoas a construir uma
família harmoniosa, saudável e feliz.
Entre elas podemos ressaltar as seguintes:
Primeira: escute com atenção antes de falar; tente entender o que a pessoa
realmente está dizendo, que pode ser muito diferente do que você acha que
ela quer dizer.
Segunda: gentileza e boas maneiras são essenciais para construir um bom
convívio familiar.
Terceira: aumente as opções de atividades prazerosas com seus familiares:
conversar, brincar e jogar, ver bons filmes, passear.
Quarta: demonstre seu interesse em saber o que seus familiares estão
fazendo, experimentando ou descobrindo na vida.
Quinta: para enviar mensagens fortes e eficazes para seus familiares,
procure ter coerência entre palavras, gestos e atitudes.
Sexta: se você diz 'não' com muita freqüência, aprenda a dizer 'sim' com
carinho. Se você diz 'sim' demais, aprenda a dizer 'não' sem culpa.
Sétima: tente criar, junto com seus familiares, maneiras eficazes de
simplificar a vida para torná-la mais pacífica e prazerosa.
Oitava: aprender a tolerar frustrações é essencial para desenvolver
paciência, compaixão e compreensão.
Nona: cada membro da família precisa descobrir meios eficazes e saudáveis de
descarregar as tensões inevitáveis do dia-a-dia sem maltratar os outros.
Décima: os laços de sangue não garantem automaticamente a existência do
amor, que precisa ser constantemente criado e bem cuidado ao longo da vida."
A oportunidade de estarmos inseridos em um determinado grupo familiar é uma
abençoada oportunidade que nos é oferecida pelo Pai Criador.
Os laços familiares que hoje nos envolvem são aqueles que nos são
necessários ao nosso crescimento e desenvolvimento moral e espiritual.
As dificuldades de relacionamentos, tão estranhas e inaceitáveis aos olhos
do mundo, podem ter causa em fatos pretéritos que escapam às nossas
lembranças.
Os filhos difíceis de hoje podem ser cúmplices ou vítimas de nosso passado
equivocado.
Podemos ter sido seus algozes ou aqueles que, pensando agir por amor,
possamos ter-lhes desviado do bom caminho.
Encontrarmo-nos hoje nesse grupo familiar não é obra do acaso, nem da
desdita.
Em tudo há sempre a mão e a autorização de Deus.
Eis aí uma nova chance de resgate e de reparação.
Aproveitemo-la.
Façamos a parte que nos cabe, nessa nobre tarefa que é viver em família.
Sejamos dignos, honrando os compromissos que assumimos perante Deus e
perante os homens, educando os pequeninos e educando a nós próprios.
Vençamos os vícios que ainda azedam nossos dias e infelicitam nossos
companheiros de jornada.
Abandonemos a reclamação vazia e inócua.
Superemos a preguiça e a omissão.
Abracemo-nos e unamo-nos em prol desse objetivo tão importante e básico que
é viver bem em família, a fim de que possamos conviver do mesmo modo com
toda a humanidade.
Pense nisso.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Lições de vida para
famílias, de Maria Tereza Maldonado.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Quando sentir atribulações

Coragem, meu irmão, não se deixe dominar pela aflição. Pense positivamente, observe o ambiente, as cores, o mundo, lembre dos bons momentos, não perca a calma; tudo dará certo, creia que você é capaz de resolver qualquer problema, com dignidade.

Não tenha medo, não se desespere, exercite o processo da prece, construa-se, de dentro para fora, com pensamentos de alegria, satisfação e esperança. Não esqueça que é preciso fazer vigilância pessoal, não admitindo a presença do mau pensamento, que traz angústia, derrotismo, sofrimento, portanto a desordem pessoal. Procure olhar, enxergar, ver e sentir a força da vida, e você perceberá em toda parte a harmonia como eterna realidade.

A crença no bem, o trabalho diligente, a descoberta consciente do que há de melhor na vida, produzem o sentido pleno da existência, do ser feliz. O homem deve fazer, diariamente, avaliação do seu sentimento, pensamento e de suas ações, só assim fará a construção crítica e harmônica do seu futuro.

É fácil distinguir o homem que pratica atos de religiosidade do homem que existencializa o processo da fé no Creador. Quem pratica atos de religiosidade está sempre circunscrito pelas dimensões da matéria, vive a ilusão dos dogmas mumificados, dos tabus, não alcançou o sentido, a luz, do Evangelho de Cristo, que liberta e espiritualiza o homem, sem misticismo. Quem existencializa o processo de fé no Creador, sabe sintetizar o que aprendeu, se autoconhece, faz disciplina pessoal, espiritualiza-se pelo conhecimento, pela força de sua própria disciplina.

No cenário da Terra, as atribulações aparecem como provas de resistência em todo o decurso reencarnatório. Por isso, há momentos de agradável prazer, seguido de momentos de amargo desprazer. É preciso que o homem transubstancie em seu ser todas as experiências ao longo da caminhada evolucionária para conseguir vencer a si mesmo.

Em momento algum você deve, a qualquer pretexto, se afastar da prática do bem, da busca da verdade, do trabalho construtivo, da fé no Creador, para poder viver a integração unitária creatura-Creador. A alegria está presente no coração do homem que sabe ajudar, compreender, amparar e promover o seu próximo.

Meu caro amigo, diante da atribulação, aprenda a fazer o melhor; medite, faça reflexão, não perca o seu tem-po em lamentações inúteis, seja forte, faça prece sincera ao Creador, seja comedido, não desanime e o mundo todo sorrirá para você. For tificar os bons pensamentos significa ampliar a felicidade.

Toda construção humana se faz primeiramente no pensamento. A verdadeira prosperidade significa conhecimento e sabedoria espiritual, fontes inesgotáveis do equilíbrio humano, da felicidade, da evolução.

Luz, amor, trabalho.

Texto extraído do livro "Na luta do cotidiano, A força do amor"
pelo espírito Leocádio José Correia
Psicografado pelo médium Maury Rodrigues da Cruz

sábado, 21 de fevereiro de 2009


A lição do perdão

O que você faria se, de repente, por uma circunstância qualquer, tivesse nas suas mãos a possibilidade de decidir a respeito do destino de uma pessoa que muito lhe prejudicou?

Alguém que estendeu o manto da calúnia e destruiu o seu bom nome perante os amigos? Alguém que usurpou, com métodos desonestos, a sua empresa, fruto de seu labor de tantos anos?

Alguém que tenha ferido brutalmente a um membro da sua família?

Será que você lembraria da lição do perdão, ensinada por Jesus? Será que acudiriam à sua mente as palavras do mestre Galileu: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia?

Ou, ainda, a exortação a respeito de nos reconciliarmos ainda hoje com nosso adversário?

A propósito, conta-se que um escravo tornou-se de grande valor para o seu senhor, por causa da sua honradez e bom comportamento.

Dessa forma, seu senhor o elevou a uma posição de importância, na qualidade de administrador de suas fazendas.

Numa ocasião, o senhor desejou comprar mais vinte escravos e mandou que o novo administrador os escolhesse. Disse, contudo, que queria os mais fortes e os que trabalhassem melhor.

O escravo foi ao mercado e começou a sua busca. Em certo momento, fixou a vista num velho e decrépito escravo. Apontando-o para o seu senhor, disse-lhe que aquele devia ser um dos escolhidos.

O fazendeiro ficou surpreendido com a escolha e não queria concordar. O negociante de escravos acabou por dizer que se o fazendeiro comprasse vinte homens, ele daria o velho de graça.

Feita a compra, os escravos foram levados para a fazenda do seu novo senhor.

O escravo administrador passou a tratar o velho com maior cuidado e atenção do que a qualquer dos outros.

Levou-o para sua casa. Dava-lhe da sua comida. Quando tinha frio, levava-o para o sol. Quando tinha calor, colocava-o debaixo das árvores de cacau, à sombra.

Admirado das atenções que o seu antigo escravo dispensava a um outro escravo, seu senhor lhe perguntou por que fazia aquilo.

Decerto deveria ter algum motivo especial: É seu parente, talvez seu pai?

A resposta foi negativa.

É então seu irmão mais velho?

Também não, respondeu o escravo.

Então é seu tio ou outro parente.

Não tenho parentesco algum com ele. Nem mesmo é meu amigo.

Então, perguntou o fazendeiro, por que motivo tem tanto interesse por ele?

Ele é meu inimigo, senhor. Vendeu-me a um negociante e foi assim que me tornei escravo.

Mas eu aprendi, nos ensinamentos de Jesus, que devemos perdoar os nossos inimigos. Esta é a minha oportunidade de exercitar meu aprendizado.

* * *

O perdão acalma e abençoa o seu doador.

Maior é a felicidade de quem expressa o perdão. O perdoado é alguém em processo de recuperação. No entanto, aquele que lhe dispensa o esquecimento do mal, já alcançou as alturas do bem e da solidariedade.

Quando se entenda que perdoar é conquistar enobrecimento, o homem se fará forte pelas concessões de amor e compreensão que seja capaz de distribuir.

Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida e no
cap. 18 do livro Trigo de Deus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 13.02.2009.