segunda-feira, 5 de março de 2012

Fonte Oculta



Na atualidade do mundo, existem medicamentos que alienam as forças da mente, impelindo-as à prostração, mas não à tranqüilidade real.

Os homens de hoje dispõe de máquinas que os auxiliam a ganhar tempo, mas não a calma, diante das provações que se lhes fazem necessárias.

Por outro lado, a fortuna amoedada, quando não dirigida para o trabalho edificante e para as realizações do bem ao próximo, é suscetível de estabelecer inquietações permanentes.

Na mesma ordem de pensamento, a força do poder, apesar das vantagens que é capaz de criar na vida comunitária, quase sempre, é um celeiro de ansiedades e incompreensões.

A paz, por isso, tão ardentemente anelada, é comparável a uma cobertura, entretecida com fragmentos de alegria, como sejam:
      o retorno de uma pessoa querida, ausente desde muito;
      o reajuste do equilíbrio orgânico;
      a satisfação das dívidas pagas;
      o abraço de um amigo;
      uma carta, mensageira de reconforto;
      alguns momentos de convívio com a natureza;
      a visão do azul no firmamento;
      a presença de uma criança;
      o sorriso de alguém;
      o carinho de um animal que nos partilhe o ambiente;
      os momentos de oração.

A paz que jamais se compra é uma luz interior que nos clareia o caminho para o encontro do melhor que Deus nos reserva; entretanto, estejamos convencidos de que nas bases da consciência tranqüila, em que a paz encontra nascedouro, jaz a fonte oculta da paciência.

                                                         Francisco Cândido Xavier/Emmanuel
                                                         Texto do livro"Confia e Segue",Edit.GEEM