sábado, 9 de julho de 2011

Um dos mais belos trajes da alma
 
O médico conversa descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega, e de forma ríspida, pergunta: Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranquilidade, o médico responde: Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?
Impaciente, a mulherindaga: Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico?
Mantendo-se calmo, contesta ele: Senhora, o médico sou eu. Em que posso ajudá-la?
Como?! O senhor?!?! Com esta roupa?
Ah, senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta...
Oh! Desculpe, doutor! Boa tarde! É que...vestido assim, o senhor nem parece um médico...
Veja bem as coisas como são...- diz o médico -... As vestes parecem não dizer muitas coisas mesmo... Quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos, e depois daria um simpaticíssimo "Boa tarde!"
Como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...
*   *  *
Um dos mais belos trajes da alma é, certamente, a educação.
Educação que, no exemplo em questão, significa cordialidade, polidez, trato adequado para com as pessoas.
São tantos ainda no mundo que não têm tato algum no tratamento para com os outros!
Sofrem e fazem os outros sofrerem com isso.
Parece que vivem sempre à beira de um ataque de nervos, centrados apenas em si, em suas necessidades urgentes e mais nada.
O mundo gira ao seu redor e para lhes servir. Os outros parecem viver num mundo à parte, menos importante que o seu.
Esses tais modos vêm da infância, claro, em primeiro lugar. Dos exemplos recebidos da família em anos e anos de convivência.
Mas também precisam vir da compreensão do ser humano, entendendo todos como seus irmãos.
Não há escolhidos na face da Terra. Não há aqueles que são mais ou menos importantes. Fomos nós, em nossa pequenez de Espíritos imperfeitos, que criamos essas hierarquias absurdas, onde se chega ao cúmulo de julgar alguém pelas roupas que veste.
Quem planta sorrisos e gentileza recebe alegria e gratidão, e vê muitas portas da vida se abrindo naturalmente, através da força estupenda da bondade.
O bem é muito mais forte que o mal.
O bem responde com muito mais rapidez e segurança às tantas e tantas questões que a existência nos apresenta, na forma de desafios.
Ser gentil, ser cordial é receber a vida e as pessoas de braços abertos, sem medo de agir no bem.
Ser bem educado é contribuir com a semeadura do amor na face da Terra, substituindo, gradualmente, tantas ervas daninhas que ainda existem nesses campos, por flores e mais flores de felicidade.
Ser fraterno, em todas as ocasiões, é vestir-se com este que é um dos mais belos trajes da alma: a educação.
 
Redação do Momento Espírita, com base em conto de autoria desconhecida.
Em 14.06.2011
Colheita da gratidão
Tratava-se de um Congresso Estadual. As pessoas chegavam de todas as bandas e os largos corredores de acesso ao auditório principal se apresentavam movimentados.
Pequenos grupos se formavam, aqui e ali, onde abraços e risos se misturavam, percebendo-se que se tratava de reencontros de amigos.
Amigos de cidades diferentes, de outros Estados que novamente se encontravam. A expectativa, para a sessão de abertura, era de dez mil pessoas.
Os voluntários estavam em toda parte: na recepção, no setor de informações, nas livrarias, onde grande era igualmente a movimentação.
Uma senhora conversava, animada, com amigos, quando se aproximou um dos voluntários, pedindo-lhe ajuda para uma das livrarias.
O movimento se fizera de tal intensidade que os atendentes precisavam de um apoio extra.
Feliz por servir, a senhora logo se postou atrás do balcão. Entre sorrisos e cumprimentos, a um indicava o lançamento mais recente em livro, cd e dvd.
A outro, esclarecia a respeito do conteúdo do produto que tinha em mãos.
Vendia, acondicionava em sacolas e entregava a mercadoria. Bastante conhecida, detinha-se a brincar com um ou outro dos que se achegavam para tomar ciência das novidades editoriais.
Então, alguém lhe perguntou: Poderia me dizer se, há uns catorze anos, a senhora esteve na Maternidade Y, a visitar algum parente seu?
A pergunta surpreendeu a voluntária. Contudo, consultou os arquivos da memória e respondeu de forma afirmativa.
Há catorze anos, pelo período de trinta dias, estivera, muitas vezes, na citada Maternidade.
Sua sobrinha nascera prematura e estava no Centro de Terapia Intensiva Neonatal.
E concluiu: Desculpe-me, mas por que a pergunta?
Então, entre a emoção mal contida, os olhos marejados de lágrimas, disse a indagante:
Eu nunca soube seu nome. Mas jamais esqueci seu rosto. Fico muito feliz em encontrá-la, agora e poder lhe agradecer.
E, ante o surpreso silêncio, ela continuou: Eu sou aquela mulher que a senhora viu a chorar na recepção.
Sem me conhecer, notando meu desespero, se aproximou de mim e perguntou: “Por que chora tanto? O que aconteceu?”
E eu contei sobre a doença do meu filhinho de poucos meses, do pavor de perdê-lo, da dor de ter que deixá-lo hospitalizado, das tantas incertezas da minha alma de mãe ansiosa.
Então, a senhora me envolveu em um abraço terno e me disse: ”Confie em Deus. Entregue seu filho aos cuidados dEle.
Ore, acalme-se e guarde a certeza: seu filho ficará bem.”
E eu me acalmei, ao influxo das vibrações que recebi do seu abraço.
Orei, esperei. E meu filho aí está, prestes a completar seus quinze anos.
Por isso, por aquele dia ter acalmado o desespero de uma estranha, eu lhe agradeço.
A partir de hoje, tenho um nome para guardar em gratidão.
Um abraço prolongado encerrou a narrativa.
A senhora sequer lembrava do fato mas, em sua intimidade, agradeceu a Deus pela felicidade de colher flores no seu caminho.
Flores de gratidão de uma estranha, guardadas há pouco mais de catorze anos.
Verdadeiramente, pensou, o bem faz bem a quem o realiza.
Redação do Momento Espírita, com base em fato.
Em 28.06.2011.
A imensa alegria de servir
 
Toda natureza é um desejo de serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, serve o sulco.
Onde houver uma árvore para plantar,planta-a tu.
Onde houver um erro para corrigir,corrige-o tu.
Onde houver uma tarefa que todos recusem,aceita-a tu.
 
Sê quem tira:
a pedra do caminho,
o ódio dos corações
e as dificuldades dos problemas.
 
Há a alegria de ser sincero e de ser justo.
Há, porém, mais do que isso,
a imensa alegria de servir.
 
Como seria triste o mundo
se tudo já estivesse feito,
se não houvesse uma roseira para plantar,
uma iniciativa para lutar!
 
Não te seduzam as obras fáceis.
É belo fazer tudo que os outros se recusam a executar.
Não cometas, porém, o erro
de pensar que só tem merecimento executar as grandes obras.
Há pequenos préstimos que são bons serviços:
enfeitar uma mesa.
Arrumar uns livros.
Pentear uma criança.
 
Aquele é quem critica,
este é quem destrói;
sê tu quem serve.
 
Servir não é próprio dos seres inferiores:
D
eus, que nos dá fruto e luz,serve.
Poderia chamar-se: O Servidor.
E tem os Seus olhos fixos nas nossas mãos
e pergunta-nos todos os dias:
S
erviste hoje?
*   *   *
Gabriela Mistral, poetisa chilena, em seu belíssimo poema nos emociona com uma proposta de vida maravilhosa.
O Poeta dos poetas, certa vez também afirmou que quem desejasse ser o primeiro, fosse o servo de todos.
Servir é a receita infalível da felicidade presente e futura.
Presente, pois quem serve, quem se doa, quem ajuda, já recebe no coração a paz que tal ato propicia. Uma paz sem igual: a paz da consciência tranquila.
Futura, pois quem serve semeia concórdia, fraternidade – merecendo colher o mesmo nos passos seguintes da existência imortal do Espírito.
Todo dia nos apresenta diversas oportunidades de servir. Que possamos estar atentos a elas, e não desperdiçar nenhuma chance, nenhuma dessas experiências enriquecedoras.
Parafraseando a poetisa, perguntamos: Você já serviu hoje?

Redação do Momento Espírita com base no poema A imensa alegria de servir, de Gabriela Mistral.
Em 27.06.2011.
 

domingo, 3 de julho de 2011

A TEMPESTADE É UMA CALAMIDADE HUMANA




Desde tempos remotos os tufões e as inundações são considerados calamidades naturais.
Todos os aceitam como fenômenos inevitáveis.
Mas são calamidades humanas sob o ponto de vista de Meishu Sama. Isto é, a ação purificadora  do espaço acima da Terra,aquilo que chamamos de MundoEspiritual,pois até nele há acumulação de impurerezas. Materialmente falando ,é como acumular poeira numa cidade ou casa.
O que acontece em seguida e naturalmente uma ação purificadora. sO vento dispersa as impurezas e a água as lava: eis a tempestade. Portanto não há diferença entre ela  e a limpeza que se faz diariamente em nosso mundo material.
Identificar a causa destas impurezas é a chave para solução do problema
É a mácula criada pelo maus  pensamento , más  palavras e más ações dos humanos que influenciam o Mundo Espiritual. Então , para se eliminar estes males ,basta inverter a situação.
 Através da aplicação do  Bem em todos os sentidos e ações humanas. Deste modo, o Bem se transforma em Luz para eliminar as máculas criadas pelo homem.
Diante disto, podemos dizer que o próprio homem gera suas tempestades e ele mesmo sofre com isso. Esta tempestade é semelhante a uma doença,a qual surge no corpo humano quando nele se acumulam impurezas.
Portanto , comoRemédio para se prevenir deste mal , pratique-se o Bem, pois além deste não há outro método que apresente uma solução radical.

Meishu Sama em 24 de setembro de 1949
Trecho baseado do Livro Alicerce do paraíso,vol.2