quarta-feira, 25 de julho de 2012

Errata

Errata é uma ferramenta valiosa para compensar algum escorregão que passou pelo processo de impressão.
Podemos encontrar essas correções tipográficas em livros, manuais ou outras publicações.
Geralmente a errata é impressa nas páginas finais da obra ou em folha separada.
Tais correções e outras que venham a ser descobertas serão incorporadas à obra numa edição posterior, à qual se costuma incluir o subtítulo: edição revista e corrigida.
Pensando em nossa vida, nos indagamos se não seria interessante que pudéssemos fazer algumas erratas.
Quando falamos algo de forma indevida, indelicada, como apreciaríamos poder apontar: onde se ouviu de tal forma, por favor, entenda-se dessa outra.
Quando um amigo nos vem relatar suas dores e, atarefados em demasia, não lhe damos maior atenção, como seria importante se pudéssemos estabelecer a errata:
Desconsidere o momento em que fui desatencioso com você e, por gentileza, considere que eu me importo com o que lhe acontece. Posso visitá-lo?
Algumas pessoas dizem que na vida as coisas não acontecem assim, que não dá para ficar elaborando errata a cada falha cometida.
Elas têm razão, pois algumas das nossas falhas somente as percebemos quando é tarde demais, quando não se pode mais fazer o ajuste.
Recordamos daquele pai que fica imerso em negócios e mais negócios, sem tempo para seus filhos.
Quando a filha o convida para ensaiar uns passos de dança, no parque, ele se esquiva, com a desculpa de que é ridículo o que ela propõe.
Ela é uma criança, cheia de fantasia. Para ela, o parque é um salão de festas, a música que toca no aparelho de cd é uma grande orquestra.
E ela dança só, enquanto o pai simplesmente lhe observa a graciosidade dos movimentos de menina.
Mas, depois, quando ela adoece e parte para a outra vida, de forma rápida, ele recorda que poderia tê-la tido nos braços mais tempo, que poderia ter brincado mais, ter-lhe dado mais atenção.
Como ele apreciaria poder fazer a errata: Naquele dia, quando eu disse que não queria dançar, entenda que eu era um tolo e desejo muito dançar com você.
Bem disse alguém que as lágrimas mais doloridas derramadas sobre os túmulos são as lágrimas do remorso.
Remorso de não ter estado mais presente, de não ter atendido pequenas coisas, de não ter abraçado mais, beijado mais.
Remorso de não ter demonstrado seu amor com todo vigor, sem peias, sem tolos pudores.
*   *   *
Errata – ferramenta valiosa, mas não disponível em todos os lances da nossa vida.
Com certeza, teremos possibilidade de pedir perdão, de solicitar desculpas, de reparar faltas cometidas. Mas, nem todas.
Por vezes, a pessoa já se foi, o tempo é outro, a distância se faz imensa.
Por tudo isso, invistamos na vida, no amor, nos relacionamentos.
Não aguardemos que o tempo se escoe e que a errata somente possa ser feita, em nova impressão, ou seja, em uma nova reencarnação, como uma obra reeditada, revista e corrigida.
Ajamos já.
Redação do Momento Espírita.
Em 18.07.2012.

sábado, 21 de julho de 2012

Página do caminho


Para se lançar nas atividades do bem, não aguarde o companheiro perfeito.
A perfeição não costuma se fazer presente na rota dos seres em evolução.
Você esperava ansiosamente a criatura irmã para formar o lar mais ditoso.
Entretanto, o matrimônio lhe trouxe alguém a reclamar sacrifício e ternura.
Contava com seu filho para ser um amigo próximo e fiel, a compartilhar seus sonhos e ideais.
Contudo, ele alcançou a mocidade e fez-se homem sem se interessar por seus projetos.
Você se amparava no companheiro de ideal, que lhe parecia digno e dedicado.
Mas, de um momento para o outro, a amizade pura degenerou em discórdia e indiferença.
Mantinha fé no orientador que parecia venerável, em suas palavras sábias e em seus atos convincentes.
No entanto, um dia ele caiu de modo formidável, arrastado por tentações de que não se preveniu a contento.
É compreensível e humana a dor de ver ruírem esperanças e relações.
Contudo, embora mais solitário, continue firme no trabalho edificante que lhe constitui o ideal.
Cada homem carrega consigo seus potenciais e dificuldades.
A queda e a deserção de um não justificam as de outro.
Sempre é possível mirar-se em quem cai e passa a rastejar.
Entretanto, convém antes pensar nos que seguem adiante, altivos e valorosos.
De um modo ou de outro, cada homem responde pelas consequências que gera.
Na hora de enfrentá-las, será de pouco conforto lembrar que outros também padecem pela adoção de semelhante conduta.
É normal desejar companheiros de ideais e afeições puras nas quais se fortaleça.
Mas, quase sempre, aqueles a quem você considera como os afetos mais doces possuem importantes fragilidades.
Deseja que sejam autênticos sustentáculos na luta, quando simbolizam tarefas que solicitam renúncia e amor de sua parte.
Se deseja viver no bem, não valorize o gelo da indiferença e o fel da incompreensão.
Lembre-se de que o coração mais belo que pulsou entre os homens respirava na multidão e seguia só.
Possuía legiões de Espíritos angélicos.
Mas aproveitou o concurso de amigos frágeis que O abandonaram na hora extrema.
Ajudava a todos e chorou sem ninguém.
Mas, ao carregar a cruz, no monte áspero, continuou a legar preciosas lições à Humanidade.
Ensinou que as asas da Imortalidade podem ser extraídas do fardo de aflição.
Também mostrou que, no território moral do bem, alma alguma caminha solitária.
Embora a aparente derrota no mundo, todas seguem amparadas por Deus rumo a destinos gloriosos.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 33, do livro O
Espírito da Verdade, por Espíritos diversos, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 23.02.2012.

Nascimentos


 
Você tem ideia de quantas pessoas nascem por minuto no mundo?
Inacreditavelmente, enquanto você ouve este texto, considerando cerca de cinco minutos, irão nascer por volta de mil pessoas no planeta.
Sim, são mais ou menos duzentos nascimentos por minuto, ou ainda, de três a quatro por segundo!
será que conseguimos imaginar a alegria desses pais, dessas famílias, recebendo – alguns pela primeira vez – o milagre de um filho nos braços?
Em meio a tantas notícias ruins – que parecem vender melhor que as boas, nos meios de comunicação, faz-se necessário que pensemos na vida, e não apenas na violência, nos assassinatos e mortes drásticas.
O site breathingearth.com apresenta uma proposta muito interessante, com um desenho do mapa mundi animado, mostrando em cada país, em cada continente, alguns dados importantes, atualizados instantaneamente.
Entre eles a natalidade no globo, sendo assinalada com pequenas estrelas que vão piscando aqui e ali, conforme os nascimentos em cada lugar.
A representação com estrelas é muito significativa, aos olhos daqueles mais sensíveis às belezas da vida.
Cada estrela daquelas é uma nova encarnação, uma nova oportunidade, uma nova chance que um Espírito recebe do Criador.
Nascemos aqui e ali com objetivos certos e importantes.
Resgates, provas, missões – fazem-nos retornar ao cenário terrestre para que continuemos nossa caminhada rumo à tão sonhada felicidade.
Felicidade que vai sendo construída e gozada ao longo das próprias experiências, conforme vamos amadurecendo e encontrando os caminhos do amor.
Nascer é ganhar do Criador nova oportunidade, mas é também dar a si mesmo uma nova chance.
A grande maioria dos lares nos recebe de braços abertos, e nos corações dos pais temos aqueles que mais irão se esmerar para que tenhamos uma boa vida na Terra.
Voltar a viver pode significar um reaprisionamento para o Espírito, que precisa vestir novo corpo material, porém, por outro lado a reencarnação é libertadora.
Libertamo-nos das amarras de ódios antigos. Libertamo-nos da tristeza das experiências frustradas do passado. Libertamo-nos do nosso homem velho pois, a cada vida, temos a chance de moldar umnovo eu.
Renascer é libertar-se.
Quando nos dispomos a amar, quando nos dispomos a reconstruir o que nós mesmos destruímos, libertamo-nos da culpa, do medo, e passamos a caminhar de cabeça erguida. Isso é liberdade.
*   *   *
Pense nos duzentos renascimentos por minuto...
Quantos abraços... Quantas lágrimas... Quanta felicidade.
Que maravilha é esse ir e vir do planeta Terra!
Quantas experiências, quantos planos, quanto aprendizado.
Possivelmente você que nos ouve já nasceu há uns bons anos, mas é sempre tempo de voltar a pensar em renascer.
Renascer dentro da própria vida. Por que não? Tantas e tantas vezes quantasse fizer necessário.
Renascer da água e do Espírito, tal a Lei apontando o caminho da felicidade maior almejada.
Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.
 
Redação do Momento Espírita.
Em 22.05.2012.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Perfume de gratidão


Jovem e idealista, ela partiu de sua terra natal, a Suíça, para ajudar a reconstruir a Polônia, depois da Segunda Guerra Mundial.
Ela assentou tijolos, colocou telhados, levantou paredes. Até o dia em que um homem cortou a perna e lhe descobriram os dotes para a medicina. Aí, junto a duas outras voluntárias, que tinham conhecimentos de medicina básica, foi servir num improvisado posto médico.
Certa noite, em que suas colegas tinham se deslocado para atender pessoas em outra localidade, ela ficou sozinha. Tomou o seu cobertor, enrolou-se e deitou sob a luz das estrelas.
Nada haverá de me acordar, hoje. Estou morta de cansaço.
No entanto, um pouco depois da meia-noite, um choro de criança a despertou. Ela pensou estar sonhando e não abriu os olhos. O choro voltou a lhe chegar aos ouvidos.
Meio dormindo, ainda, ouviu uma voz de mulher:
Desculpe acordá-la, mas meu filho está doente. Você precisa salvá-lo.
Bastou Elisabeth olhar, de forma rápida, para o garoto de três anos para descobrir que ele era portador de tifo.
Explicou para a mulher que não tinha remédio algum no posto. A única coisa que podia lhe oferecer era uma xícara de chá.
A mulher cravou nela os olhos, com aquele olhar que somente as mães em desespero possuem:
A senhora tem de salvar meu filho. Durante a guerra, nos campos de concentração, morreram doze dos meus filhos e este nasceu lá. Ele não pode morrer. Não agora que o pior já passou.
Elisabeth tomou uma decisão. Se aquela mulher andara tantos quilômetros para chegar até ali, se ela vira serem mortos uma dúzia de filhos na guerra e ainda tinha ânimo para rogar pela vida do único afeto que lhe restava, ela merecia todos os sacrifícios.
Tomou da criança e, com a mãe, caminhou trinta quilômetros, até encontrar um hospital. Depois de muita insistência, conseguiu que a criança fosse internada.
Mas havia uma condição: somente depois de três semanas, elas poderiam retornar para saber notícias. Afinal, o hospital estava cheio e os médicos atolados de tarefas.
Elisabeth voltou para as atividades do seu posto médico e tanto trabalho teve nas semanas seguintes, que até esqueceu o garoto.
Certa manhã, ao despertar, encontrou ao lado do seu cobertor, um lenço cheio de terra. Abrindo-o, viu, junto com a terra, um bilhete: Para a pani doutora.  Da senhora W.  Cujo último dos treze filhos você salvou, um pouco de terra abençoada da Polônia.
O menino estava vivo.
Um grande sorriso se abriu no rosto cansado de Elisabeth.
E ela compreendeu o que acontecera. A mulher andara mais de trinta quilômetros até o hospital e apanhara ali o seu filho vivo.
De Lublin, levara-o de volta até o povoado onde vivia. Pegara um punhado de terra do seu chão e tornara a andar muito para deixar, quieta, sem perturbar, na calada da noite, o seu presente de gratidão.
Elisabeth Kübler-Ross guardou o embrulhinho de terra que se tornou para ela o presente mais valioso que jamais recebera.
*   *   *
A gratidão é perfume acondicionado no frasco d’alma. As criaturas o deixam evolar-se, de forma sutil, envolvendo aqueles a quem são gratos, numa aura de bem-estar.
Naturalmente, ninguém realiza o bem esperando agradecimento mas, quando a gratidão se manifesta, é como a brisa que abençoa a tarde morna com sua presença.
Refaz corações e aumenta a disposição para novas realizações, em prol do próximo.

Redação do Momento Espírita, com base
no cap. 9, do livro A roda da vida, de Elisabeth
Kübler-Ross, ed. Sextante.
Em 16.07.2012.



Estranho versículo




Era uma noite fria na cidade de Chicago. O garotinho vendia jornais na esquina. Mas o frio era tanto que as pessoas passavam quase correndo, buscando as suas casas e nem paravam para comprar o jornal.
Por isso, o menino se aproximou de um policial e perguntou se ele lhe poderia arrumar um lugar quente para dormir, naquela noite. Estava muito frio para dormir na caixa de papelão no beco, como sempre.
O policial olhou para ele e falou:
Desça a rua até encontrar uma casa branca. Bata na porta e quando alguém vier abrir, diga: João 3:16.
O menino obedeceu e, quando uma senhora simpática atendeu, ele falou: João 3:16.
Ela o recolheu e o levou para se sentar em uma poltrona, próximo da lareira.
Ele pensou: Não sei o que quer dizer João 3:16, mas com certeza é uma coisa boa porque aquece um menino numa noite fria.
Mais tarde, a senhora o levou para a cozinha e lhe ofereceu farta comida. Enquanto se alimentava, o pequeno pensou:
Não estou entendendo, mas o que é certo é que João 3:16 sacia a fome de um menino.
Depois, ela o levou até o banheiro e ele mergulhou em uma banheira cheia de água quente.
Ainda molhado, ele pensou: João 3:16. Com certeza eu não entendi. Mas isso faz um menino sujo ficar limpo. Que me lembre, o único banho de verdade que tomei foi quando fiquei em frente a um hidrante de incêndio, que esguichava água fria.
A senhora o levou até o quarto e o colocou em uma grande cama e o cobriu com um cobertor macio. Deu-lhe um beijo de boa noite e apagou as luzes.
No escuro do quarto, ele olhou pela janela e observou a neve caindo lá fora.
Na manhã seguinte, a senhora o despertou e lhe ofereceu um delicioso café. Depois o levou para a mesma poltrona em frente à lareira, apanhou o Evangelho e perguntou:
Você entendeu João 3:16?
Não, senhora. Quem me disse para lhe falar isso foi um policial, ontem à noite.
Ela abriu o Evangelho de João e leu o versículo dezesseis do capítulo três: Porque Deus amou tanto o mundo, que deu seu único filho. E aquele que acredita nele não morrerá, mas terá vida eterna.
E a boa senhora lhe falou a respeito de Jesus e do Seu grande amor para com todos os homens.
O garoto continuou sentado, ouvindo e ouvindo. Finalmente, falou: Senhora, tenho que lhe dizer: ainda não consigo entender como Jesus concordou em vir à Terra e sofrer tudo o que sofreu, para nos ensinar o amor.
Mas uma coisa eu entendi muito bem. Tudo isso faz a vida valer a pena.
*   *   *
Jesus é o nosso norte, nosso roteiro.
Os que O seguem, são identificados na Terra pela sua postura perante a vida. Onde quer que se encontrem, semeiam.
E as suas sementes são luz nas estradas das vidas cheias de dores.
Na esteira dos seus passos, brilham estrelas que se acendem na noite dos tempos. Anonimamente, servem ao próximo, doando pão a bocas famintas, agasalho aos que padecem frio, esperança àqueles que perderam a fé na vida.
Como uma Via Láctea iluminada, apontam o caminho de estrelas na direção do Cristo que, hoje e sempre, é o Amor Incondicional que a todos ama.

Redação do Momento Espírita, com base em história de
autoria ignorada e no cap. 1, do livro O semeador de
estrelas, de Suely Caldas Schubert, ed. Leal.
Em 13.07.2012.

sábado, 7 de julho de 2012

Eu, melhor


 
Qual foi a experiência de vida que transformou você em alguém melhor?
Esta foi a pergunta feita pela redação de uma revista de circulação nacional, aos seus leitores.
A questão gerou uma matéria muito inspirada, intitulada Eu, melhor, apresentando diversos relatos de pessoas e acontecimentos que as transformaram.
Encontros, desencontros, doenças, surpresas. Diversos tipos de experiências foram narradas e, ao finalde cada relato havia uma pessoa agradecida e melhor.
Uma delas, ainda muito jovem, lembra o dia em que o pai recebeu o diagnóstico de câncer e veio contar à família.
Pediu que não ficassem tristes pois, caso não conseguisse a cura, aproveitaria mesmo assim a oportunidade para se transformar em alguém melhor.
O homem buscou perdão e reconciliação com familiares. Um dia, ao ouvir de alguém a expressão doença maldita, rebateu dizendo: Para mim, ela é bendita!
Dois meses depois ele morreu. A filha, emocionada, afirma que não só ele se transformou em alguém melhor, mas mudou para melhor a vida de todos ao seu redor.
Seu exemplo é lembrado até hoje e sua conduta sempre será referência para aquele núcleo familiar.
*   *   *
A vida tem costume de surpreender. De repente, aparece alguém que, com um gesto, abre nossos olhos. Ou um acidente no percurso, apontando para novas direções.
Às vezes, é uma viagem ou um encontro programado que segue rumos inesperados e nos transforma.
É a soma de eventos assim, belos e gratuitos, que nos faz melhores, mais fortes, mais maduros.
Pode ser uma soneca no ônibus, um encontro com um desconhecido, um raio que clareia tudo ou a proximidade da morte.
O que importa é olhar para essas experiências e reconhecer que elas nos ensinaram e, do seu jeito, nos fizeram mais felizes.
Sem pedir nada em troca, são pequenas graças plantadas no cotidiano. Como se fossem sinais, apontando para lugares onde podemos ser mais leves e alegres.
Então, quando olhamos para trás e enxergamos o caminho percorrido, só nos resta agradecer, do fundo do coração, à vida, que nos faz uma versão melhor de nós mesmos.
*   *   *
Todas as forças da natureza nos impulsionam para frente, rumo ao progresso inevitável. Progresso da alma, que vai se tornando mais sensível, mais amorosa, mais madura.
Progresso também da mente, mais esclarecida, com capacidade de tomar decisões com mais segurança.
Aproveite esses momentos de reflexão, onde você estiver, para lembrar que experiências fizeram de você alguém melhor, e se você soube ou está sabendo aprender com os acontecimentos da vida.
Todos eles, julgados como bons ou maus por nós, trazem dentro de si o objetivode depurar o Espírito aprendiz.
Qual foi a experiência de vida que transformou você em alguém melhor?
 
Redação do Momento Espírita com base em matéria da revista
Sorria nº 23, de dezembro/janeiro 2012, de autoria de Jaqueline Li,
Jéssica Martineli, Karina Sérgio Gomes, Rafaela Dias, Rita Loiola,
Tissiane Vicentin e Valéria Mendonça.
Em 27.6.2012.
 

Fonte de vida


Jesus ensinou que a caridade é o caminho que devemos seguir para promover a evolução espiritual e alcançar a verdadeira felicidade.
No entanto, compreender o sentido real dessa virtude ainda é um desafio, até mesmo para os cristãos.
A caridade tem muitas nuances e pode se manifestar de diversas maneiras.
Vai desde a doação de bens materiais, que tenham importância para quem os recebe, até um simples olhar livre de qualquer tipo de julgamento.
Quando compreendermos que a caridade é a atitude de amor em favor do outro, através de uma ação construtiva e útil, perceberemos que é possível praticá-la em todos os momentos, lugares e situações.
Mas, para que nossas ações possam ser consideradas caridosas, temos que refletir se elas estão sendo úteis.
Elas devem ter utilidade para a sociedade, para todos aqueles que atravessam nosso caminho, para o mundo ou para a natureza.
Os ensinamentos trazidos por Jesus têm o objetivo de promover o crescimento espiritual e fazem com que aqueles interessados no melhoramento íntimo, busquem novas maneiras de viver.
Na proporção em que assimilamos as verdades espirituais, vamos deixando de lado valores supérfluos.
*  *  *
Na medida em que Jesus ia revelando a beleza da Boa Nova, os Seus seguidores passavam a questionar a própria conduta.
Certa vez João, Seu discípulo, no auge da curiosidade juvenil, perguntou a Jesus qual a maneira mais adequada de se portar diante do próximo, no sentido de ajudar aos semelhantes.
Com voz clara e firme, o Divino amigo lhe respondeu:
João, se procuras uma regra de auxiliar os outros, beneficiando a ti mesmo, não te esqueças de amar o companheiro de jornada terrestre, tanto quanto desejas ser querido e amparado por ele.
A pretexto de cultivar a verdade, não transformes a própria existência numa batalha em que teus pés atravessem o mundo, qual furioso combatente do deserto.
Recorda que a maioria dos enfermos conhece, de algum modo, a moléstia que lhe é própria, reclamando amizade e entendimento, acima da medicação.
Lembra-te de que não há corações na Terra sem problemas difíceis a resolver; em razão disso, aprende a cortesia fraternal para com todos.
Acolhe o irmão do caminho, não somente com a saudação recomendada pelos imperativos da polidez, mas também com o calor do teu sincero propósito de servir.
*  *  *
Para nos tornarmos pessoas de bem, temos que abraçar as oportunidades de servir com boa vontade e disposição.
A caridade é fonte de vida.
Envolvamo-nos nessa abençoada tarefa e sejamos trabalhadores na seara do Cristo.
Deixemos que o amor de Deus tome nossos corações em favor do próximo, pois é um recurso que temos à nossa disposição a todo o momento.
Façamos, sobretudo, o melhor que pudermos, na felicidade e na elevação de todos os que nos cercam, não somente aqui, mas em qualquer parte; não apenas hoje, mas sempre.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 30, do livro
Jesus no lar, pelo Espírito Neio Lucio, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 26.6.2012.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Quando os bons desejam...


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Você já se deu conta de como o mundo está mudando? E não é para pior, de forma alguma.
Embora as manchetes, todos os dias, nos cientifiquem da violência, da desonestidade de muitos, o mundo está caminhando para melhores dias.
Basta se atente para notícias não tão retumbantes mas que se encontram em jornais, revistas, na internet.
Como asseverou Jesus: Buscai e achareis.
Quem, portanto, deseja saber o todo que ocorre nesta aldeia global, procura e encontra verdadeiras pérolas.
Por exemplo, a informação de quem ganhou o Prêmio Nobel da Paz, no ano de 2011.
Nada menos de três mulheres. E não é o fato de serem mulheres que torna a nota importante. Mas o que elas promovem, realizam em seus países e no mundo.
Ellen Johnson Sirleaf, presidente liberiana, primeira da África, eleita em 2005. Tawakkul Karman, ativista iemenita e Leymah Gbowee, assistente social da Libéria.
Leymah, em nome da paz, combate a desumana situação das mulheres no seu país, no Oriente Médio ou onde quer que a opressão as violente.
Mãe de seis filhos, essa mulher corajosa iniciou um movimento de mulheres para exigir a paz na Libéria. Viajou de aldeia em aldeia, organizando as mulheres.
Contra todas as expectativas, convenceu cristãs e muçulmanas a se unir. Seu discurso era:
Aqui, no movimento, não somos advogadas, ativistas nem esposas. Não somos cristãs nem muçulmanas, não somos dessa ou daquela tribo. Não somos nem nativas nem da elite. Somos apenas mulheres.
Levar as mulheres a lutar pela paz era o que ela desejava fazer na vida.
Quando as mulheres lhe perguntavam: Por que devemos fazer alguma coisa? – ela rebatia: Porque é da sua conta! Porque são vocês que têm sido violentadas pelos combatentes. Foi o seu marido que morreu. É o seu filho que está sendo alistado à força no exército.
Luta árdua, difícil.
Foi o grupo de Leymah que apressou a renúncia do presidente Charles Taylor em 2003 e o fim da guerra civil em seu país.
De onde tira a sua coragem? Da fé, diz ela. Tudo o que sou, tudo que aspiro ser, tudo o que fui, foi pela graça de Deus.
E assevera: Sempre há algo que uma pessoa sozinha pode fazer. Deus nos criou a todos com alguma contribuição inigualável a dar.
Alguns são chamados para ser o vizinho que vai juntar as crianças para cantar ou escutar.
Outros, para ser grandes oradores.
Quero acabar com o mito de que somos vítimas o tempo todo.
Somos mulheres fortes que passamos pelo inferno e ainda conseguimos nos manter de pé.
Onde quer que estejamos, podemos nos levantar.
Nada pode nos impedir de sermos o que quisermos.
Hoje, Leymah viaja pelo mundo como diretora-executiva da rede de mulheres pela paz e pela segurança na África, defendendo mulheres e meninas e tem assento junto a autoridades, que a ouvem.
Bem afirmaram os Espíritos Celestes, em O Livro dos Espíritos que, quando os bons o quiserem, eles predominarão sobre a Terra.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base em dados colhido na entrevista Ela sonhou com a paz, de Dawn Raffel, de Seleções Reader´s Digest, de novembro de 2011 e no item 932 de O livro dos Espíritos, de
Allan Kardec, ed. Feb.

Em 25.06.2012.