quinta-feira, 19 de julho de 2012

Estranho versículo




Era uma noite fria na cidade de Chicago. O garotinho vendia jornais na esquina. Mas o frio era tanto que as pessoas passavam quase correndo, buscando as suas casas e nem paravam para comprar o jornal.
Por isso, o menino se aproximou de um policial e perguntou se ele lhe poderia arrumar um lugar quente para dormir, naquela noite. Estava muito frio para dormir na caixa de papelão no beco, como sempre.
O policial olhou para ele e falou:
Desça a rua até encontrar uma casa branca. Bata na porta e quando alguém vier abrir, diga: João 3:16.
O menino obedeceu e, quando uma senhora simpática atendeu, ele falou: João 3:16.
Ela o recolheu e o levou para se sentar em uma poltrona, próximo da lareira.
Ele pensou: Não sei o que quer dizer João 3:16, mas com certeza é uma coisa boa porque aquece um menino numa noite fria.
Mais tarde, a senhora o levou para a cozinha e lhe ofereceu farta comida. Enquanto se alimentava, o pequeno pensou:
Não estou entendendo, mas o que é certo é que João 3:16 sacia a fome de um menino.
Depois, ela o levou até o banheiro e ele mergulhou em uma banheira cheia de água quente.
Ainda molhado, ele pensou: João 3:16. Com certeza eu não entendi. Mas isso faz um menino sujo ficar limpo. Que me lembre, o único banho de verdade que tomei foi quando fiquei em frente a um hidrante de incêndio, que esguichava água fria.
A senhora o levou até o quarto e o colocou em uma grande cama e o cobriu com um cobertor macio. Deu-lhe um beijo de boa noite e apagou as luzes.
No escuro do quarto, ele olhou pela janela e observou a neve caindo lá fora.
Na manhã seguinte, a senhora o despertou e lhe ofereceu um delicioso café. Depois o levou para a mesma poltrona em frente à lareira, apanhou o Evangelho e perguntou:
Você entendeu João 3:16?
Não, senhora. Quem me disse para lhe falar isso foi um policial, ontem à noite.
Ela abriu o Evangelho de João e leu o versículo dezesseis do capítulo três: Porque Deus amou tanto o mundo, que deu seu único filho. E aquele que acredita nele não morrerá, mas terá vida eterna.
E a boa senhora lhe falou a respeito de Jesus e do Seu grande amor para com todos os homens.
O garoto continuou sentado, ouvindo e ouvindo. Finalmente, falou: Senhora, tenho que lhe dizer: ainda não consigo entender como Jesus concordou em vir à Terra e sofrer tudo o que sofreu, para nos ensinar o amor.
Mas uma coisa eu entendi muito bem. Tudo isso faz a vida valer a pena.
*   *   *
Jesus é o nosso norte, nosso roteiro.
Os que O seguem, são identificados na Terra pela sua postura perante a vida. Onde quer que se encontrem, semeiam.
E as suas sementes são luz nas estradas das vidas cheias de dores.
Na esteira dos seus passos, brilham estrelas que se acendem na noite dos tempos. Anonimamente, servem ao próximo, doando pão a bocas famintas, agasalho aos que padecem frio, esperança àqueles que perderam a fé na vida.
Como uma Via Láctea iluminada, apontam o caminho de estrelas na direção do Cristo que, hoje e sempre, é o Amor Incondicional que a todos ama.

Redação do Momento Espírita, com base em história de
autoria ignorada e no cap. 1, do livro O semeador de
estrelas, de Suely Caldas Schubert, ed. Leal.
Em 13.07.2012.

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