domingo, 7 de agosto de 2011

E SE A VIDA FOSSE UMA ESTRADA?

E se a vida fosse uma estrada?

 

Cada um de nós caminha pela vida como se fosse um viajante que percorre uma estrada.

Há os que passam pouco tempo caminhando e os que ficam por longos anos.

Há os que veem margens floridas e os que somente enxergam paisagens desertas.

Há os que pisam em macia grama e os que ferem os pés em pedras pontudas e espinhos.

Há os que viajam em companhias amigas, assinaladas por risos e alegria. E há os que caminham com gente indiferente, egoísta e má.

Há os que caminham sozinhos – inclusive crianças - e os que vão em grandes grupos.

Há os que viajam com pai e mãe. E os que estão apenas com os irmãos. Há quem tenha por companhia marido ou esposa.

Muitos levam filhos. Outros carregam sobrinhos, primos, tios. Alguns andam apenas com os amigos.

Há quem caminhe com os olhos cheios de lágrimas e há os que se vão sorridentes.

Mas, mesmo os que riem, mais adiante poderão chorar. Nessa estrada, nunca se conheceu alguém que a percorresse inteira sem derramar uma lágrima.

Pela estrada dessa nossa vida, muitos caminham com seus próprios pés. Outros são carregados por empregados ou parentes.

Alguns vão em carros de luxo, outros em veículos bem simples. E há os que viajam de bicicleta ou a pé.

Há gente branca, negra, amarela. Mas se olharmos a estrada bem do alto, veremos que não dá para distinguir ninguém: todos são iguais.

Há gente magra e gente gorda. Os magros podem ser assim por elegância e dieta ou porque não têm o que comer.

Alguns trazem bolsas cheias de comida. Outros levam pedacinhos de pão amanhecido.

Muitos gostam de repartir o que têm. Outros dão apenas o que lhes sobra. Mas muita gente da estrada nem olha para os viajantes famintos.

Há pessoas que percorrem a estrada sempre vestidas de seda e cobertas de joias. Outros vestem farrapos e seguem descalços.

Há crianças, velhos, jovens e casais, mas quase todos olham para lugares diferentes.

Uns olham para o próprio umbigo, outros contemplam as estrelas, alguns gostam de espiar os vizinhos para fofocar depois.

Uma boa parte conta o dinheiro que leva e há os que sonham que um dia todos da estrada serão como irmãos.

Entre os sonhadores há os que se dedicam a dar água e pão, abrigo e remédio aos viajantes que precisam.

Há pessoas cultas na estrada e há gente muito tola. Alguns sabem dizer coisas difíceis e outros nem sabem falar direito.

Em geral, os sabichões não gostam muito da companhia dos analfabetos.

O que é certo mesmo é que quase ninguém na estrada está satisfeito. A maioria dos viajantes acha que o vizinho é mais bonito ou viaja de forma bem mais confortável.

É que na longa estrada da vida, esquecemos que a estrada terá fim.

E, quando ela acabar, o que teremos?

Carregaremos, sim, a experiência aprendida durante o tempo de estrada e estaremos muito mais sábios, porque todas as outras pessoas que vimos no caminho nos ensinaram algo.

A estrada de nossa existência pode ser bela, simples, rica, tortuosa. Seja como for, ela é o melhor caminho para o nosso aprendizado.

Deus nos ofereceu essa estrada porque nela se encontram as pessoas e situações mais adequadas para nós.

Assim, siga pela estrada ensolarada. Procure ver mais flores. Valorize os companheiros de jornada, reparta as provisões com quem tem fome.

E, sobretudo, não deixe de caminhar feliz, com o coração em festa, agradecido a Deus por ter lhe dado a chance de percorrer esse caminho de sabedoria.

Redação do Momento Espírita

Disponível no CD Momento Espírita, v. 14, ed. Fep.

Em 11.01.2010.


GRATIDÃO

Gratidão


O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e apertou o narizinho contra o vidro da vitrine.

Os olhos da cor do céu brilharam quando ela viu determinado objeto.

Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?

O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: Quanto dinheiro você tem?

Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: Isto dá, não dá?

Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.

Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É seu aniversário e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.

O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.

Tome, leve com cuidado.

Ela saiu feliz, saltitando rua abaixo.

Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e longos e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja.

Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e perguntou:

Este colar foi comprado aqui?

Sim, senhora.

E quanto custou?

Ah!, falou o homem, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.

A moça continuou: Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!

O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo o que tinha.

O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.

*   *   *

Verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura.

E gratidão é sempre manifestação dos Espíritos que têm riqueza de emoções e altruísmo.

Sê sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém.

A gratidão é dever que não aquece apenas quem a recebe, mas também reconforta quem a oferece.


 Redação do Momento Espírita com base no texto O colar de turquesas azuis, do livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O Clarim.

Disponível no CD Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.

Em 14.07.2011.

ALEGRIA DE SERVIR

A imensa alegria de servir


Toda natureza é um desejo de serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, serve o sulco.
Onde houver uma árvore para plantar,planta-a tu.
Onde houver um erro para corrigir,corrige-o tu.
Onde houver uma tarefa que todos recusem,aceita-a tu.


Sê quem tira:

a pedra do caminho,
o ódio dos corações
e as dificuldades dos problemas.


Há a alegria de ser sincero e de ser justo.
Há, porém, mais do que isso,
a imensa alegria de servir.


Como seria triste o mundo
se tudo já estivesse feito,
se não houvesse uma roseira para plantar,
uma iniciativa para lutar!


Não te seduzam as obras fáceis.
É belo fazer tudo que os outros se recusam a executar.

Não cometas, porém, o erro
de pensar que só tem merecimento executar as grandes obras.
Há pequenos préstimos que são bons serviços:
enfeitar uma mesa.
Arrumar uns livros.
Pentear uma criança.


Aquele é quem critica,
este é quem destrói;
sê tu quem serve.


Servir não é próprio dos seres inferiores:
D
eus, que nos dá fruto e luz,serve.
Poderia chamar-se: O Servidor.
E tem os Seus olhos fixos nas nossas mãos
e pergunta-nos todos os dias:
S
erviste hoje?

*   *   *

Gabriela Mistral, poetisa chilena, em seu belíssimo poema nos emociona com uma proposta de vida maravilhosa.

O Poeta dos poetas, certa vez também afirmou que quem desejasse ser o primeiro, fosse o servo de todos.

Servir é a receita infalível da felicidade presente e futura.

Presente, pois quem serve, quem se doa, quem ajuda, já recebe no coração a paz que tal ato propicia. Uma paz sem igual: a paz da consciência tranquila.

Futura, pois quem serve semeia concórdia, fraternidade – merecendo colher o mesmo nos passos seguintes da existência imortal do Espírito.

Todo dia nos apresenta diversas oportunidades de servir. Que possamos estar atentos a elas, e não desperdiçar nenhuma chance, nenhuma dessas experiências enriquecedoras.

Parafraseando a poetisa, perguntamos: Você já serviu hoje?


Redação do Momento Espírita com base no poema A imensa alegria de servir, de Gabriela Mistral.

sábado, 9 de julho de 2011

Um dos mais belos trajes da alma
 
O médico conversa descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega, e de forma ríspida, pergunta: Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranquilidade, o médico responde: Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?
Impaciente, a mulherindaga: Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico?
Mantendo-se calmo, contesta ele: Senhora, o médico sou eu. Em que posso ajudá-la?
Como?! O senhor?!?! Com esta roupa?
Ah, senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta...
Oh! Desculpe, doutor! Boa tarde! É que...vestido assim, o senhor nem parece um médico...
Veja bem as coisas como são...- diz o médico -... As vestes parecem não dizer muitas coisas mesmo... Quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos, e depois daria um simpaticíssimo "Boa tarde!"
Como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...
*   *  *
Um dos mais belos trajes da alma é, certamente, a educação.
Educação que, no exemplo em questão, significa cordialidade, polidez, trato adequado para com as pessoas.
São tantos ainda no mundo que não têm tato algum no tratamento para com os outros!
Sofrem e fazem os outros sofrerem com isso.
Parece que vivem sempre à beira de um ataque de nervos, centrados apenas em si, em suas necessidades urgentes e mais nada.
O mundo gira ao seu redor e para lhes servir. Os outros parecem viver num mundo à parte, menos importante que o seu.
Esses tais modos vêm da infância, claro, em primeiro lugar. Dos exemplos recebidos da família em anos e anos de convivência.
Mas também precisam vir da compreensão do ser humano, entendendo todos como seus irmãos.
Não há escolhidos na face da Terra. Não há aqueles que são mais ou menos importantes. Fomos nós, em nossa pequenez de Espíritos imperfeitos, que criamos essas hierarquias absurdas, onde se chega ao cúmulo de julgar alguém pelas roupas que veste.
Quem planta sorrisos e gentileza recebe alegria e gratidão, e vê muitas portas da vida se abrindo naturalmente, através da força estupenda da bondade.
O bem é muito mais forte que o mal.
O bem responde com muito mais rapidez e segurança às tantas e tantas questões que a existência nos apresenta, na forma de desafios.
Ser gentil, ser cordial é receber a vida e as pessoas de braços abertos, sem medo de agir no bem.
Ser bem educado é contribuir com a semeadura do amor na face da Terra, substituindo, gradualmente, tantas ervas daninhas que ainda existem nesses campos, por flores e mais flores de felicidade.
Ser fraterno, em todas as ocasiões, é vestir-se com este que é um dos mais belos trajes da alma: a educação.
 
Redação do Momento Espírita, com base em conto de autoria desconhecida.
Em 14.06.2011
Colheita da gratidão
Tratava-se de um Congresso Estadual. As pessoas chegavam de todas as bandas e os largos corredores de acesso ao auditório principal se apresentavam movimentados.
Pequenos grupos se formavam, aqui e ali, onde abraços e risos se misturavam, percebendo-se que se tratava de reencontros de amigos.
Amigos de cidades diferentes, de outros Estados que novamente se encontravam. A expectativa, para a sessão de abertura, era de dez mil pessoas.
Os voluntários estavam em toda parte: na recepção, no setor de informações, nas livrarias, onde grande era igualmente a movimentação.
Uma senhora conversava, animada, com amigos, quando se aproximou um dos voluntários, pedindo-lhe ajuda para uma das livrarias.
O movimento se fizera de tal intensidade que os atendentes precisavam de um apoio extra.
Feliz por servir, a senhora logo se postou atrás do balcão. Entre sorrisos e cumprimentos, a um indicava o lançamento mais recente em livro, cd e dvd.
A outro, esclarecia a respeito do conteúdo do produto que tinha em mãos.
Vendia, acondicionava em sacolas e entregava a mercadoria. Bastante conhecida, detinha-se a brincar com um ou outro dos que se achegavam para tomar ciência das novidades editoriais.
Então, alguém lhe perguntou: Poderia me dizer se, há uns catorze anos, a senhora esteve na Maternidade Y, a visitar algum parente seu?
A pergunta surpreendeu a voluntária. Contudo, consultou os arquivos da memória e respondeu de forma afirmativa.
Há catorze anos, pelo período de trinta dias, estivera, muitas vezes, na citada Maternidade.
Sua sobrinha nascera prematura e estava no Centro de Terapia Intensiva Neonatal.
E concluiu: Desculpe-me, mas por que a pergunta?
Então, entre a emoção mal contida, os olhos marejados de lágrimas, disse a indagante:
Eu nunca soube seu nome. Mas jamais esqueci seu rosto. Fico muito feliz em encontrá-la, agora e poder lhe agradecer.
E, ante o surpreso silêncio, ela continuou: Eu sou aquela mulher que a senhora viu a chorar na recepção.
Sem me conhecer, notando meu desespero, se aproximou de mim e perguntou: “Por que chora tanto? O que aconteceu?”
E eu contei sobre a doença do meu filhinho de poucos meses, do pavor de perdê-lo, da dor de ter que deixá-lo hospitalizado, das tantas incertezas da minha alma de mãe ansiosa.
Então, a senhora me envolveu em um abraço terno e me disse: ”Confie em Deus. Entregue seu filho aos cuidados dEle.
Ore, acalme-se e guarde a certeza: seu filho ficará bem.”
E eu me acalmei, ao influxo das vibrações que recebi do seu abraço.
Orei, esperei. E meu filho aí está, prestes a completar seus quinze anos.
Por isso, por aquele dia ter acalmado o desespero de uma estranha, eu lhe agradeço.
A partir de hoje, tenho um nome para guardar em gratidão.
Um abraço prolongado encerrou a narrativa.
A senhora sequer lembrava do fato mas, em sua intimidade, agradeceu a Deus pela felicidade de colher flores no seu caminho.
Flores de gratidão de uma estranha, guardadas há pouco mais de catorze anos.
Verdadeiramente, pensou, o bem faz bem a quem o realiza.
Redação do Momento Espírita, com base em fato.
Em 28.06.2011.
A imensa alegria de servir
 
Toda natureza é um desejo de serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, serve o sulco.
Onde houver uma árvore para plantar,planta-a tu.
Onde houver um erro para corrigir,corrige-o tu.
Onde houver uma tarefa que todos recusem,aceita-a tu.
 
Sê quem tira:
a pedra do caminho,
o ódio dos corações
e as dificuldades dos problemas.
 
Há a alegria de ser sincero e de ser justo.
Há, porém, mais do que isso,
a imensa alegria de servir.
 
Como seria triste o mundo
se tudo já estivesse feito,
se não houvesse uma roseira para plantar,
uma iniciativa para lutar!
 
Não te seduzam as obras fáceis.
É belo fazer tudo que os outros se recusam a executar.
Não cometas, porém, o erro
de pensar que só tem merecimento executar as grandes obras.
Há pequenos préstimos que são bons serviços:
enfeitar uma mesa.
Arrumar uns livros.
Pentear uma criança.
 
Aquele é quem critica,
este é quem destrói;
sê tu quem serve.
 
Servir não é próprio dos seres inferiores:
D
eus, que nos dá fruto e luz,serve.
Poderia chamar-se: O Servidor.
E tem os Seus olhos fixos nas nossas mãos
e pergunta-nos todos os dias:
S
erviste hoje?
*   *   *
Gabriela Mistral, poetisa chilena, em seu belíssimo poema nos emociona com uma proposta de vida maravilhosa.
O Poeta dos poetas, certa vez também afirmou que quem desejasse ser o primeiro, fosse o servo de todos.
Servir é a receita infalível da felicidade presente e futura.
Presente, pois quem serve, quem se doa, quem ajuda, já recebe no coração a paz que tal ato propicia. Uma paz sem igual: a paz da consciência tranquila.
Futura, pois quem serve semeia concórdia, fraternidade – merecendo colher o mesmo nos passos seguintes da existência imortal do Espírito.
Todo dia nos apresenta diversas oportunidades de servir. Que possamos estar atentos a elas, e não desperdiçar nenhuma chance, nenhuma dessas experiências enriquecedoras.
Parafraseando a poetisa, perguntamos: Você já serviu hoje?

Redação do Momento Espírita com base no poema A imensa alegria de servir, de Gabriela Mistral.
Em 27.06.2011.
 

domingo, 3 de julho de 2011

A TEMPESTADE É UMA CALAMIDADE HUMANA




Desde tempos remotos os tufões e as inundações são considerados calamidades naturais.
Todos os aceitam como fenômenos inevitáveis.
Mas são calamidades humanas sob o ponto de vista de Meishu Sama. Isto é, a ação purificadora  do espaço acima da Terra,aquilo que chamamos de MundoEspiritual,pois até nele há acumulação de impurerezas. Materialmente falando ,é como acumular poeira numa cidade ou casa.
O que acontece em seguida e naturalmente uma ação purificadora. sO vento dispersa as impurezas e a água as lava: eis a tempestade. Portanto não há diferença entre ela  e a limpeza que se faz diariamente em nosso mundo material.
Identificar a causa destas impurezas é a chave para solução do problema
É a mácula criada pelo maus  pensamento , más  palavras e más ações dos humanos que influenciam o Mundo Espiritual. Então , para se eliminar estes males ,basta inverter a situação.
 Através da aplicação do  Bem em todos os sentidos e ações humanas. Deste modo, o Bem se transforma em Luz para eliminar as máculas criadas pelo homem.
Diante disto, podemos dizer que o próprio homem gera suas tempestades e ele mesmo sofre com isso. Esta tempestade é semelhante a uma doença,a qual surge no corpo humano quando nele se acumulam impurezas.
Portanto , comoRemédio para se prevenir deste mal , pratique-se o Bem, pois além deste não há outro método que apresente uma solução radical.

Meishu Sama em 24 de setembro de 1949
Trecho baseado do Livro Alicerce do paraíso,vol.2

sábado, 11 de junho de 2011

Convite ao perdão


 
Francisco Cândido Xavier foi um homem que viveu semeando a palavra do Cristo. Através das suas atitudes, pregou a paz e ensinou a caridade. Sua vida foi um exemplo de conduta cristã.
Médium, viveu por noventa e dois anos, foi desprezado por muitos e durante sua vida sofreu ofensas e insultos, tendo passado imune a tudo.
Em uma de suas muitas frases que ficaram registradas, ele disse:
Graças a Deus, não me lembro de ter revidado a menor ofensa que sofri, certamente objetivando, todas elas, o meu aprendizado. E não me recordo de que tenha, conscientemente, magoado a quem quer que fosse.
Esta frase nos faz refletir sobre a forma como agimos diante das ofensas que sofremos. No cotidiano, nos deparamos com situações que põem à prova a nossa conduta.
São os olhares de desprezo ou de inveja. As palavras que ferem, humilham, magoam. As indelicadezas e os gestos que perturbam e ofendem.
São também as atitudes contínuas de omissão, de abandono dos deveres, ou de opressão, que acontecem entre irmãos, casais, pais e filhos, que vão se somando e se transformando em imensas mágoas.
É comum vermos famílias desestruturadas pelo cultivo da raiva, do rancor e da indelicadeza. Enfim, vemos com frequência, relações se esvaindo pela ausência do perdão.
Seja qual for a gravidade do ato infeliz que nos atinja, enxerguemos o outro, que nos fere e magoa, como alguém que pode estar enfermo e precisando de ajuda.
E como escolhemos agir diante de quem nos ofende?
Quando procedemos da mesma forma que o outro, entrando na sua sintonia, revidando, seja com palavras ou com atitudes, estaremos deixando que o outro dite a nossa conduta.
Estaremos nos equiparando àquele que cometeu o gesto desequilibrado.
É certo que ficamos tristes quando alguém nos ofende, mas o que deveria mesmo nos entristecer, é quando somos nós os ofensores.
Trabalhar o perdão ao próximo, assim como o autoperdão, é um exercício diário que podemos nos propor. Todos nós somos capazes de perdoar.
Não nos esqueçamos de que, por diversas vezes, nós é que desejamos ser perdoados.
Temos que começar relevando e perdoando as leves ofensas, para que estejamos preparados, quando nos depararmos com situações mais delicadas que nos exijam essa virtude.
Perdoar também é doar. Ao perdoar estaremos doando   entendimento,  paciência, compreensão e o amor que purifica. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada.
Mas o perdão não é o esquecimento do fato. Por vezes, torna-se difícil eliminar da memória uma atitude que tenha nos ferido.
Perdoar é cessar de ter raiva, é deixar de nutrir em nós o ressentimento pela pessoa que nos causou a dor ou o gesto infeliz que nos atingiu.
Perdoar acalma, liberta, traz paz e harmonia às nossas vidas.
O verdadeiro perdão é aquele que vem do coração e não dos lábios.
Façamo-nos hoje o convite para que deixemos que o perdão triunfe sobre a mágoa e o ressentimento.
Redação do Momento Espírita.
Em 03.06.2011.