domingo, 22 de fevereiro de 2009

Quando sentir atribulações

Coragem, meu irmão, não se deixe dominar pela aflição. Pense positivamente, observe o ambiente, as cores, o mundo, lembre dos bons momentos, não perca a calma; tudo dará certo, creia que você é capaz de resolver qualquer problema, com dignidade.

Não tenha medo, não se desespere, exercite o processo da prece, construa-se, de dentro para fora, com pensamentos de alegria, satisfação e esperança. Não esqueça que é preciso fazer vigilância pessoal, não admitindo a presença do mau pensamento, que traz angústia, derrotismo, sofrimento, portanto a desordem pessoal. Procure olhar, enxergar, ver e sentir a força da vida, e você perceberá em toda parte a harmonia como eterna realidade.

A crença no bem, o trabalho diligente, a descoberta consciente do que há de melhor na vida, produzem o sentido pleno da existência, do ser feliz. O homem deve fazer, diariamente, avaliação do seu sentimento, pensamento e de suas ações, só assim fará a construção crítica e harmônica do seu futuro.

É fácil distinguir o homem que pratica atos de religiosidade do homem que existencializa o processo da fé no Creador. Quem pratica atos de religiosidade está sempre circunscrito pelas dimensões da matéria, vive a ilusão dos dogmas mumificados, dos tabus, não alcançou o sentido, a luz, do Evangelho de Cristo, que liberta e espiritualiza o homem, sem misticismo. Quem existencializa o processo de fé no Creador, sabe sintetizar o que aprendeu, se autoconhece, faz disciplina pessoal, espiritualiza-se pelo conhecimento, pela força de sua própria disciplina.

No cenário da Terra, as atribulações aparecem como provas de resistência em todo o decurso reencarnatório. Por isso, há momentos de agradável prazer, seguido de momentos de amargo desprazer. É preciso que o homem transubstancie em seu ser todas as experiências ao longo da caminhada evolucionária para conseguir vencer a si mesmo.

Em momento algum você deve, a qualquer pretexto, se afastar da prática do bem, da busca da verdade, do trabalho construtivo, da fé no Creador, para poder viver a integração unitária creatura-Creador. A alegria está presente no coração do homem que sabe ajudar, compreender, amparar e promover o seu próximo.

Meu caro amigo, diante da atribulação, aprenda a fazer o melhor; medite, faça reflexão, não perca o seu tem-po em lamentações inúteis, seja forte, faça prece sincera ao Creador, seja comedido, não desanime e o mundo todo sorrirá para você. For tificar os bons pensamentos significa ampliar a felicidade.

Toda construção humana se faz primeiramente no pensamento. A verdadeira prosperidade significa conhecimento e sabedoria espiritual, fontes inesgotáveis do equilíbrio humano, da felicidade, da evolução.

Luz, amor, trabalho.

Texto extraído do livro "Na luta do cotidiano, A força do amor"
pelo espírito Leocádio José Correia
Psicografado pelo médium Maury Rodrigues da Cruz

sábado, 21 de fevereiro de 2009


A lição do perdão

O que você faria se, de repente, por uma circunstância qualquer, tivesse nas suas mãos a possibilidade de decidir a respeito do destino de uma pessoa que muito lhe prejudicou?

Alguém que estendeu o manto da calúnia e destruiu o seu bom nome perante os amigos? Alguém que usurpou, com métodos desonestos, a sua empresa, fruto de seu labor de tantos anos?

Alguém que tenha ferido brutalmente a um membro da sua família?

Será que você lembraria da lição do perdão, ensinada por Jesus? Será que acudiriam à sua mente as palavras do mestre Galileu: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia?

Ou, ainda, a exortação a respeito de nos reconciliarmos ainda hoje com nosso adversário?

A propósito, conta-se que um escravo tornou-se de grande valor para o seu senhor, por causa da sua honradez e bom comportamento.

Dessa forma, seu senhor o elevou a uma posição de importância, na qualidade de administrador de suas fazendas.

Numa ocasião, o senhor desejou comprar mais vinte escravos e mandou que o novo administrador os escolhesse. Disse, contudo, que queria os mais fortes e os que trabalhassem melhor.

O escravo foi ao mercado e começou a sua busca. Em certo momento, fixou a vista num velho e decrépito escravo. Apontando-o para o seu senhor, disse-lhe que aquele devia ser um dos escolhidos.

O fazendeiro ficou surpreendido com a escolha e não queria concordar. O negociante de escravos acabou por dizer que se o fazendeiro comprasse vinte homens, ele daria o velho de graça.

Feita a compra, os escravos foram levados para a fazenda do seu novo senhor.

O escravo administrador passou a tratar o velho com maior cuidado e atenção do que a qualquer dos outros.

Levou-o para sua casa. Dava-lhe da sua comida. Quando tinha frio, levava-o para o sol. Quando tinha calor, colocava-o debaixo das árvores de cacau, à sombra.

Admirado das atenções que o seu antigo escravo dispensava a um outro escravo, seu senhor lhe perguntou por que fazia aquilo.

Decerto deveria ter algum motivo especial: É seu parente, talvez seu pai?

A resposta foi negativa.

É então seu irmão mais velho?

Também não, respondeu o escravo.

Então é seu tio ou outro parente.

Não tenho parentesco algum com ele. Nem mesmo é meu amigo.

Então, perguntou o fazendeiro, por que motivo tem tanto interesse por ele?

Ele é meu inimigo, senhor. Vendeu-me a um negociante e foi assim que me tornei escravo.

Mas eu aprendi, nos ensinamentos de Jesus, que devemos perdoar os nossos inimigos. Esta é a minha oportunidade de exercitar meu aprendizado.

* * *

O perdão acalma e abençoa o seu doador.

Maior é a felicidade de quem expressa o perdão. O perdoado é alguém em processo de recuperação. No entanto, aquele que lhe dispensa o esquecimento do mal, já alcançou as alturas do bem e da solidariedade.

Quando se entenda que perdoar é conquistar enobrecimento, o homem se fará forte pelas concessões de amor e compreensão que seja capaz de distribuir.

Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida e no
cap. 18 do livro Trigo de Deus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 13.02.2009.